Algumas dezenas de pessoas participaram esta terça-feira numa cerimónia de deposição de coroas de flores no cemitério de Bissau, Guiné-Bissau, nas campas dos antigos Presidente João Bernardo “Nino” Vieira e chefe das Forças Armadas do país general Tagmé Na Waié.
Visivelmente emocionados, homens e mulheres, familiares e amigos, acenderam velas junto às campas e respeitaram alguns momentos de silêncio numa cerimónia que serviu para assinalar o primeiro aniversário do assassínio daqueles dois antigos combatentes pela independência do país.
“Foi uma coisa espontânea”, explicou Arnaldo Gomes, que se disponibilizou para falar aos jornalistas em nome de todas as pessoas presentes. “Viemos dar a nossa solidariedade juntamente com a família”, disse.
Questionado sobre a mensagem que gostavam de deixar para assinalar o primeiro aniversário dos assassínios de “Nino” Vieira e Tagmé Na Waié, Arnaldo Gomes apelou para que seja feita justiça. “Só é justiça que nós queremos, mais nada. Tarde que seja, haja justiça. Hoje, de manhã, à tarde, à noite, haja justiça”, disse, visivelmente emocionado.
O general Tagmé Na Waié foi morto num ataque à bomba contra o Estado-Maior guineense a 1 de Março. Horas depois, já na madrugada de 2 de Março, “Nino” Vieira foi assassinado na sua residência em Bissau.