O mercado da província de Nampula está a confrontar-se, neste momento, com uma dura realidade, sobretudo para o governo na qualidade de principal promotor de obras e as empresas do ramo de construção civil como executores relacionada com a falta de cimento.
É que o governo, que tem obrigação com as populações relacionadas com a edificação de infra-estruturas de saúde, educação e estradas, alem de sistemas de abastecimento de agua, entre outras de carácter social, sente que a satisfação das promessas está longe de ser concretizada. Por outro lado, o custo das empreitadas pode vir a exigir um acréscimo do valor subscrito no contracto de adjudicação ao construtor, em razão do incremento do preço no mercado por parte dos operadores oportunistas.
Segundo Elídio Marques, director provincial da Indústria e Comércio em Nampula, reconheceu que a situação de disponibilidade de cimento no mercado da região é caótica. As duas fábricas daquele produto, localizadas na cidade portuária de Nacala, encontram-se paralizadas desde o princípio do mês em curso, sendo uma por força de uma avaria originada pela infiltração de águas das chuvas que danificou parte do equipamento, e a outra por razões relacionadas com a necessidade de realização de trabalhos de manutenção.
Aquele dirigente revelou que a fábrica CINAC reiniciou há dias a sua laboração, não havendo, em consequência, dados estatísticos em relação à produção de cimento existente para colocação no mercado. A fábrica do grupo português Cimpor só voltará a laborar em meados de Março próximo, contrariamente à indicação inicial do passado dia 15 do corrente, porquanto na fase de manutenção foi descoberta pelos técnicos uma avaria grossa em parte do equipamento, cuja reparação acarreta avultadas somas e tempo.