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Chineses voltam às suas cidades de origem para Ano Novo lunar

Dezenas de milhares de pessoas voltaram a encher neste ano as estações de trens, os terminais de ônibus e os aeroportos da China, viajando para suas cidades e aldeias para passar em família as festas do Ano Novo lunar.

A tradição é seguida com muita importância na sociedade chinesa: o Ano Novo é passado em família, inclusive neste ano, em que a data coincide com a comemoração de São Valentim (Dia dos Namorados), para desgraça dos namorados, obrigados a escolher entre eles e os pais. Também em nome da tradição e para responder às pressões familiares, alguns jovens solteiros viajarão acompanhados de namoradas e namorados fictícios, cujos serviços foram contratados para a ocasião.

Serão no total dezenas de milhares a enfrentarem uma viagem cansativa, em meios de transporte abarrotados, com longas esperas em estações lotadas, após lutarem para obter uma passagem de trem ou de ônibus a preço de ouro no mercado negro.

Com a perspectiva 12 horas de viagem, Tan Xuesong e sua mulher estão felizes. Logo, o casal de trabalhadores chegará à casa dos pais dele, na província de Jilin. “São as férias mais importantes na China e a maioria das pessoas quer voltar às suas casas”, explica Tan, de 40 anos, entrevistado próximo a uma das estações de Pequim. “Não há ingressos suficientes de trem, não se pode fazer nada, todo mundo quer viajar”, explica.

Prevê-se que mais de 210 milhões de viajantes peguem trens durante essas férias, o que representaria um número recorde. O casal Tan tomou precauções para enfrentar o desafio: levará com eles comida e água. Já Liu Xiaomei, uma funcionária pública de 28 anos, parte carregada de presentes. “Vou presentear meus pais com especialidades de Pequim, como pato laqueado, além de cigarros e licores”, explica, enquanto espera o ônibus que a levará a Tangshan, a algumas horas da capital.

A temporada de viagens começou no fim de janeiro, mas a maioria das partidas ocorrem nos dias que antecedem o Ano Novo. Todos os anos esta época representa um quebra-cabeças para as autoridades, que precisam solucionar situações de caos indescritíveis, lutar contra os cambistas e disponibilizar segurança adicional, sobretudo no sul, onde as fábricas empregam dezenas de milhares de trabalhadores procedentes de outras regiões do país. Até agora não houve nenhum problema.

Em 2008, as multidões ficaram presas nas estações e foram obrigadas a abandorar seus projetos de reuniões familiares, devido às tempestades de neve que paralizaram o centro e o sul do país. A China tem pelo menos 150 milhões de trabalhadores migrantes, que deixaram povos e aldeias no campo para trabalhar nas cidades e zonas industriais do sul e do leste.

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