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Chuvas em Maputo: mais de 80 famílias pernoitam em escolas

Chuvas em Maputo: mais de 80 famílias pernoitam em escolas

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) estima que mais de 80 famílias poderão pernoitar em escolas, depois que as suas residências ficaram completamente inundadas pelas águas das chuvas torrenciais que fustigaram a capital moçambicana, causando prejuízos ainda por avaliar. As descargas pluviométricas iniciaram por volta das três horas da madrugada e só viriam a abrandar por volta das nove horas de quarta-feira.

A estação meteorológica de Mavalane registou 115 milímetros e as outras existentes na capital 85 milímetros. Mário Macarringue, vereador do pelouro de Infra- Estruturas no Município de Maputo, que falou, quarta-feira, em Maputo, na conferência de imprensa destinada a apresentar o balanço preliminar dos prejuízos das chuvas, disse que as famílias afectadas são dos bairros de Inhagoya ‘B’ e Costa do Sol.

No primeiro bairro, segundo Macarringue, o levantamento feito pela edilidade aponta para 70 o número de famílias que serão acolhidas numa escola, enquanto no segundo são, no total, 17 famílias que irão pernoitar numa outra escola também identificada para o efeito.

A edilidade, segundo a fonte, trabalha com as vereações de jurisdição na identificação de soluções apropriadas, como a concessão de auxílio logístico para as famílias que, em consequência da fúria das águas das chuvas, não têm nem mantas e muito menos alimentação.

Ainda no bairro da Costa do Sol o levantamento feito pela edilidade indica que 41 moradias estão em situação de alto risco, daí que as respectivas famílias têm de ser retiradas para lugares seguros. Contudo, o Conselho Municipal disse haver obstáculos ao trabalho que está a desenvolver, porque há famílias que se recusam a abandonar as suas casas afirmando que as chuvas já passaram.

“Lamentamos o facto de algumas famílias se recusarem a abandonar as suas casas, dizendo que as chuvas já pararam”, disse Macarringue, apontando que as descargas podem voltar a cair. A edilidade afirma, no entanto, que logo que as precipitações voltarem ao normal continuará a levar a cabo o trabalho de limpeza das valas de drenagem, tapar os buracos abertos pelas as águas.

As chuvas torrenciais de quarta-feira, além de inundar por completo os bairros da urbe, também cortaram parte do asfalto de algumas rodovias. Outros danos incluem o desabamento de latrinas, falta de transporte público, interrupção das aulas em várias escolas, sobretudo naquelas que se situam em zonas propensas as inundações.

Cite-se como exemplo o caso da Avenida 25 de Setembro, na baixa da cidade, que ficou completamente inundada e uma grande parte dos estabelecimentos comerciais ficou impossibilitada de exercer as suas actividades, porque os respectivos trabalhadores não tiveram como chegar a cidade e também porque o interior ficou alagado.

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