O Ministro moçambicano da Saúde, Paulo Ivo Garrido, inaugurou esta sexta-feira, em Maputo, a primeira enfermaria modelo de Moçambique, com altos padrões de qualidade na prestação do serviço de atendimento aos pacientes que procuram cuidados de saúde.
Trata-se da Cirurgia II do Hospital Central de Maputo (HCM), que conta com seis quartos de internamento, 48 camas e 44 trabalhadores, incluindo pessoal médico, enfermeiros e serventes, que foi reconhecida pelo Ministério da Saúde (MISAU) como modelo nacional. Na ocasião, Ivo Garrido, explicou que uma enfermaria modelo é toda a unidade de internamento que presta serviço humanizado, de boa qualidade técnica e formação de Recursos Humanos, respeitando os aspectos éticos, de relacionamento interpessoal saudável e de trabalho em equipa.
“O que diferencia esta unidade hospitalar das outras é que ela conseguiu atingir padrões de qualidade de atendimento dos melhores do mundo. É esta qualidade e rigor na execução do trabalho que pretendemos que seja replicada em todas as áreas de atendimento das unidades sanitárias de todo o pais”, disse o Ministro.
Garrido sublinhou que a qualidade de atendimento numa unidade hospitalar tem que ser analisada em duas perspectivas, nomeadamente a do utente que é o doente e a do trabalhador da Saúde, esta ultima que é o controlo interno que tem como base o rigor na execução do trabalho. A perspectiva externa tem a ver com a verificação de altos níveis de higiene e limpeza, alimentação de qualidade, acompanhamento e identificação do paciente na cama hospitalar e pessoal devidamente preparado para tal.
“Estes são padrões muitos altos que se pretende atingir em todo o pais”, vincou o governante. Garrido referiu que, actualmente, todos os hospitais centrais e provinciais no pais tendem a ser modelos, sendo que a diferença é que a Cirurgia II é a única ate agora reconhecida como tal pelo MISAU.
A ideia de criação de enfermarias modelo começou em 2006, por iniciativa do actual Ministro da Saúde depois de ter constatado que os padrões de prestação de serviços no pais não eram das melhores, impondo-se a necessidade de inverter o cenário. “Não estava satisfeito com os níveis de atendimento nos hospitais nacionais e a questão era como resolver o problema. Tínhamos que começar de algum lugar, então introduzimos a ideia em Maputo para replica-la nas províncias e noutros hospitais”, explicou Ivo Garrido.
Adriana Santos, Assessora técnica do MISAU para a área de enfermarias modelo, em declarações a AIM, disse que o processo de avaliacao do desempenho na Cirurgia II envolve os pacientes, usando três cartões: Verde para o Bom, Amarelo para o razoável e Vermelho para o mau. “Desta maneira conseguimos avaliar o desempenho e identificar os aspectos positivos, negativos e os aspectos a melhorar”, explicou Adriana Santos.
