Cerca de 80% de agricultores moçambicanos não têm tido acesso regular a sementes melhoradas, constrangimento que está na origem da baixa produtividade agrícola, aliada ao facto dos mesmos não estarem virados para o mercado.
A insuficiência de nutrientes como fósforo, cálcio e magnésio é outro problema que também tem vindo a contribuir para baixos índices de produtividade dos solos moçambicanos, comparativamente aos de alguns países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), segundo o Instituto de Investigação Agronómica de Moçambique (IIAM).
“Em qualquer perfil que seja estudado, raramente aqueles três elementos estão presentes em quantidades satisfatórias”, conclui o estudo desenvolvido pelo Instituto de Investigação Agronómica de Moçambique (IIAM), explicando em seguida que aqueles nutrientes desempenham uma função importante na formação e crescimento pleno de raízes, aumento da produção de grãos de sementes e estimulam a nudulação e fixação de nitrogénio em leguminosas.
A não utilização no país de mecanismos tecnológicos de correlação de solos para suprir a escassez de fósforo, cálcio e magnésio é outro dos constrangimentos enfrentados e concorrentes para a fraca produtividade agrícola em Moçambique.
Refira-se que aquele estudo faz parte do leque de 72 projectos de inovação e investigação científica aprovados, nos últimos dois anos, pelo Fundo Nacional de Investigação (FNI), instituição subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).