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73 óbitos em um mês nas rodovias moçambicanas

De 01 de Julho passado a 01 de Agosto corrente, 73 compatriotas morreram e outros contraíram ferimentos graves e ligeiros em diferentes rodovias moçambicanas, o que não deixa dúvidas de que as estradas nacionais são verdadeiros corredores de morte.

Em somente um mês o país perdeu sete indivíduos num acidente de viação ocorrido no distrito de Massinga, na província de Inhambane, no dia 01 de Julho último, para além dos que contraíram diversas contusões.

No dia 14, no distrito de Zavala, também em Inhambane, 10 cidadãos morreram. No dia seguinte, oito pessoas perderam a vida em Alto Molócuè, na província da Zambézia. No Centro, no distrito de Changara, na província de Tete, 12 compatriotas faleceram brutalmente no dia 21 de Julho passado. No mesmo dia, no distrito de Jangamo, novamente na província de Inhambane, sete indivíduos sucumbiram.

Ainda no dia 21, na zona Sul, concretamente no distrito de Chibuto, na província de Gaza, quatro pessoas perderam a vida. No dia 23 do mesmo mês, 15 moçambicanos pereceram no distrito de Ile, na província da Zambézia.

Refira-se que algumas pesquisas nacionais e internacionais sobre o trânsito rodoviário apontam Moçambique como um dos países mais perigosos para conduzir na África Austral, devido, em parte, ao mau estado das vias, à má condução e a deficiências mecânicas dos veículos.

Já no dia 01 de Agosto em curso, outros 10 indivíduos sucumbiram no distrito de Inhaminga, na província de Sofala. Esta desgraça resultou de problemas mecânicos de um camião que transportava sacos de peixe e pessoas por cima do mesmo produto. A perícia da Polícia concluiu que o veio de transmissão do veículo em causa se teria desprendido, facto que fez com que a viatura ficasse desgovernada, capotando.

Dados do Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATER) indicam que no primeiro semestre de 2013 houve 743 óbitos em consequência de 1470 sinistros rodoviários. 1026 pessoas ficaram gravemente feridas e outras 1002 contraíram contusões ligeiras.

Enquanto isso, o Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, disse, esta segunda-feira, 05 de Agosto, que a importação de pneus usados é um dos factores que concorrem para os desastres rodoviários.

“Nós, como um país, não podemos aceitar ser a lixeira de pneus que os outros já não usam. Eles já não os usam porque já não são seguros. Se já não são seguros para os outros países, também não são seguros para Moçambique, porque eles são tão pessoas como nós”, disse Vaquina, para quem é premente que se tomem medidas adequadas (a qualidade das estradas, viaturas e o comportamento e desempenho dos condutores) com vista a reduzir a desgraça nas estradas.

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