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70% dos subsídios de combustíveis beneficiam aos mais ricos

Apenas cerca de 70% dos pouco mais de 110 milhões de dólares norte-americanos pagos pelo Estado a gasolineiras como subsídios a combustíveis beneficiam a 20% dos mais ricos, em Moçambique, e apenas 1% dos mais pobres das zonas rurais é que tira proveito dos mesmos, segundo resultados de uma pesquisa conjunta desenvolvida pelo Ministério de Planificação e Desenvolvimento e Fundo Monetário Internacional (FMI).

As conclusões do mesmo estudo estimam que outros cerca de 3% dos pobres das zonas periurbanas têm vindo a tirar benefícios dos mesmos subsídios “e nós sugerimos ao Governo para não continuar a suportar aquele tipo de subsídios, porque grosso número dos seus beneficiários é da população mais rica de Moçambique, contra o propósito da iniciativa que era para minorar o sofrimento da população mais pobre deste país”, indicou Feliz Fisher, representante do FMI em Moçambique.

Sobre o que aquela instituição acha acerca da última medida governamental de incremento dos preços dos combustíveis não de acordo com o seu custo real, Fisher considerou-a de “uma medida soberana do Governo e nós só temos que a aplaudir, apesar de não cobrir na totalidade as nossas recomendações que eram no sentido de o aumento cobrir todos os custos dos preços dos combustíveis”.

Ressalvou, no entanto, ser necessário que o Executivo explique aos moçambicanos as razões da aprovação daquele leque de preços, “porque é necessário que cada cidadão deste país saiba o custo real dos preços dos combustíveis. Tem que haver transparência”, asseverou o representante do FMI em Moçambique, falando ontem, quinta-feira, à Imprensa em Maputo.

Frisa-se que, oficialmente, o Governo deixou de subsidiar os preços dos combustíveis até 31 de Março de 2010, processo que vinha observando desde Agosto de 2008 como forma de minorar o custo de vida no país

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