A manifestação “Geração à Rasca” levou às ruas de Portugal, cerca de 300 mil pessoas. Convocado através do Facebook, foi em Lisboa onde se reuniram mais manifestantes, mas o protesto teve uma grande adesão por todo país.
Um total de cerca de 300 mil pessoas encheram este sábado a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e a Praça da Liberdade, no Porto, para protestar contra a precariedade. A manifestação da “Geração à Rasca” estendeu-se a mais 11 cidades e já é considerada um sucesso, tanto pela adesão como por não se ter conotado com partidos políticos. “Esperemos que seja o primeiro passo para uma democracia participativa em Portugal”, disse Paula Gil uma das organizadoras da manifestação.
Convocado a partir das redes sociais, com uma presença forte no Facebook, o protesto conseguiu cativar um leque heterogéneo da sociedade. Não foram só os jovens dos 20 aos 30 anos a desfilar em protesto, pela Avenida da Liberdade passaram pessoas de diversas faixas etárias.
Protesto decorreu sem incidentes
Apesar da presença de alguns (poucos) políticos e dirigentes sindicais, a manifestação manteve-se fiel ao seu manifesto. Foi um “protesto apartidário, laico e pacífico”, decorrendo sem incidentes de relevo. Da a Avenida da Liberdade até ao Rossio viram-se cravos vermelhos, cartazes contra os recibos verdes e ouviram gritos de ordem como “O precário saiu do armário”.
A grande questão agora é qual será o efeito que a manifestação provocará no futuro próximo. Pelo lado do PS, Augusto Santos Silva já veio dizer que a moção estratégica que Sócrates leva ao próximo congresso “tem como uma das preocupações essenciais renovar e reforçar as políticas de apoio à inclusão dos jovens”.