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24º Dia da Greve dos Profissionais de saúde: “por que razão estão a pedir a fantasmas para tratar o povo”

Os Profissionais de Saúde moçambicanos reafirmaram nesta quarta-feira (12), que a sua greve “é um direito legal e constitucional e alguns na tentativa de desinformar e de desestabilizar uma luta justa proferem discursos enganosos” em resposta às declarações do Governo que considerou esta semana a paralisação de ilegal e ameaçou aos grevistas com processo disciplinares. Ainda hoje vários Profissionais de Saúde em greve marcharam pacificamente pelas artérias da cidade de Nampula.

Recorde-se que após o Conselho de Ministro de 28 de Maio o mesmo porta-voz do Governo havia reconhecido a legalidade da greve dos Profissionais de Saúde. “Não podemos deixar de reconhecer que a greve é legítima, mas não se trata de uma situação de que o governo estaria, só por capricho, ignorar as reivindicações, mas é preciso perceber que estas só podem encontrar solução dentro do Orçamento Geral do Estado.” Disse na altura Alberto Nkutumula, que também é vice-Ministro da Justiça.

Relativamente a recusa do Executivo de Armando Guebuza em negociar com a Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos (CPSU), por não ser um organização legalmente registada, a que o porta-voz do Conselho de Ministros chamou de “fantasmas” os Profissionais de Saúde questionam “se os profissionais de saúde são fantasmas por que razão estão a pedir a fantasmas para tratar o povo?”

Marcha em Nampula

Cerca de sete dezenas de Profissionais de Saúde marcharam na manhã desta quarta-feira (12), no âmbito da greve que observam há 24 dias consecutivos, reivindicando melhores salários e um Estatuto Profissional mais digno.

A marcha pacífica, que começou nas proximidades da maior Unidade Sanitária, do norte de Moçambique,  cruzou a avenida Paulo Samuel Kankhomba até a Cé Catedral e fez o percurso inverso, sob escolta de um contingente da Força de Intervenção Rápida, acontece dois dias depois da governadora da província de Nampula, Cidália Chaúque, haver visitado o Hospital Central de Nampula e ter afirmado que o atendimento médico estava a ser prestado dentro da normalidade, em mais uma tentativa do Governo de desencorajar aos Profissionais da Saúde em greve um pouco por todo Moçambique.

Ana Lopes, porta-voz da marcha, afirmou que Profissionais de Saúde vão manter a paralisação pois é a solução que restou para persuadir o Governo a resolver os seus problemas.

Sábado nova marcha na Capital

Entretanto os Profissionais de Saúde já anunciaram uma nova marcha pacífica, na cidade de Maputo, no próximo sábado (15) a partir das 9h30, partindo do Ministério da Saúde, cruzando as avenidas Eduardo Mondlane, Vladimir Lenine, 25 de Setembro até ao Circuito de Manutenção António Repinga, na baixa da capital moçambicana.

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