Estima-se que 12% em cada mil crianças moçambicanas morrem anualmente devido à pneumonia, doença que incide mais em menores de dois anos de idade afectados pelo HIV/ SIDA associado à meningite.
A taxa de incidência da pneumonia é de 19 casos em cada mil crianças menores de dois anos, enquanto um número incerto apresenta maior risco de contrair a doença, para além da sépsis, meningites e HIV/SIDA, segundo dados do Ministério da Saúde (MISAU), divulgados recentemente em Maputo.
Para inverter a situação, as autoridades de Saúde moçambicana estão a desenvolver uma avaliação da efectividade da vacina anti-pneumocócica denominada PCV10, financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e pelo Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME).
Numa primeira fase, o estudo de avaliação da vacina abrange a província de Maputo e visa estudar a efectividade da PCV10 contra pneumonia e doença pneumocócica invasiva (sépsis e meningite) em crianças elegíveis a receber a vacina, para além de avaliar o seu impacto directo e indirecto contra aquelas enfermidades.
Outras das acções visam determinar factores de risco associados à doença pneumocócica invasiva e pneumonia radiologicamente confirmada, explica o Ministério da Saúde.
Refira-se que a vacina PCV10 foi introduzida em Moçambique, em 2013, com o propósito de reduzir a mortalidade infantil no país, tendo em vista o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs).
Com aquela vacina, o país espera que a taxa de óbito por doença pneumocócica invasiva possa ser prevenida em cerca de 60% em crianças menores de dois anos de idade.