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1 de Maio: o trabalhador moçambicano deve deixar de reclamar

1 de Maio: o trabalhador moçambicano deve deixar de reclamar

A Ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, disse no sabado, em Maputo, que o trabalhador moçambicano deve deixar de reclamar e dedicar-se ao trabalho de forma a aumentar a produção e a produtividade. Taipo, que falava à margem das celebrações do “Dia do Trabalhador” que se comemora sob o lema “ Sindicatos por um Emprego Digno para Todos”, apelou, também, à organização do patronato de forma a atribuir tarefas palpáveis à sua massa laboral.

“O trabalhador moçambicano deve deixar de reclamar e dedicar-se ao trabalho, porque só com o trabalho aumentaremos a produção e a produtividade, mas também como o capital e o trabalho são coisas complementares e interdependentes significa que os patrões devem se organizar para que atribuam tarefas concretas aos seus trabalhadores”, declarou Taipo. A ministra disse ainda que como forma de diminuir a pressão devido ao desemprego nas zonas urbanas, a instituição que dirige aprovou, no seu Conselho Consultivo, o Fundo de Promoção do Emprego Urbano e Lei de Protecção Social.

“No nosso Conselho Consultivo, há bem pouco tempo, aprovamos o Fundo de Promoção do Emprego Urbano que é exactamente para diminuir a pressão do desemprego nas zonas urbanas, mas também aprovamos a Lei de Protecção Social”, sublinhou Taipo. Paralelamente a estas actividades de promoção do emprego nas zonas urbanas, o Ministério do Trabalho (MITRAB) vai expandir o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) para os distritos de forma para que estes possam responder à dinâmica e à pressão que os trabalhadores têm feito a este instituto. No que toca às injustiças laborais, Taipo defendeu que a convivência entre o capital e o trabalho não é pacífica, daí a existência de instituições como MITRAB e INSS para equilibrar convivência destes dois factores laborais.

“No mercado de trabalho a convivência entre o capital e o trabalho não é uma convivência pacífica. Esta é uma convivência de muita pressão, principalmente quando os investimentos são poucos ou quando os empregadores não cumprem com as suas obrigações, é por isso que há este tipo de instituições precisamente para atenuar e equilibrar a convivência de trabalho e capital”, frisou a ministra. Entretanto, aquela governante defendeu a normalidade de conflitos, mas que nalgumas vezes acabam melhorando algo que esteja desajustado, mas que tomará medidas implacáveis contra aqueles que infringirem a lei laboral.

“Portanto, dizer que os conflitos na nossa vida de convivência, mesmo que não seja no emprego, são normais. Os conflitos, as vezes são para melhorar alguma coisa que está mal. Não podemos olhar os conflitos como se fossem sempre algo mau, eles são em alguns casos para resolver problemas, mas nós continuaremos a ser implacáveis para todos aqueles que atropelarem a lei, avisou Taipo.

Ainda no seu discurso, Taipo felicitou aos trabalhadores pela passagem do seu dia e pelo facto de terem conseguido, de forma inequívoca, discutir os seus assuntos com o patronato através do diálogo.

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