A polícia anti-motim tomou posição junto à sede do movimento MDC, do opositor Morgan Tsvangirai , depois de o partido do Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, a ZANU-PF, ter reivindicado uma “retumbante” vitória nas eleições presidenciais e legislativas de quarta-feira (31).
Entretanto o líder do MDC, Morgan Tsvangirai reagiu e considerou as eleições “nulas e inválidas”. Antes dele, fontes do MDC declararam que as eleições foram “uma fraude monumental” e convocaram uma reunião de urgência da liderança.
“Ganhámos as eleições. Enterrámos o MDC”, disse fonte da União Nacional Africana – Frente Patriótica (ZANU-PF) citada pelas agências noticiosas. “Nunca duvidámos de que iriamos ganhar”.
Entretanto dezenas de polícias em veículos anti-motim foram vistos a tomar posições nas redondezas da sede do Movimento para a Mudança Democrática, MDC, cujo líder considera que “o escrutínio não respeitou as normas da SADC, da UA e da comunidade internacional”.
Tsvangirai disse que a credibilidade das eleições foi afectada por “violações administrativas e jurídicas”.
Os observadores da UA qualificaram quarta-feira à noite o escrutínio de “livre e honesto”. A SADC ainda não se pronunciou.
A organização não-governamental Zimbabwe Election Support Network, que teve sete mil observadores no terreno, disse que perto de um milhão de habitantes desapareceram das listas eleitorais. “Qualquer que seja o resultado, a credibilidade das eleições […] está seriamente comprometida”, disse o seu presidente, Solomon Zwana.
Ainda não foram revelados quaisquer resultados oficiais (e a lei do Zimbabwe diz que é ilegal fazer afirmações prematuras sobre os números). Na quarta-feira a polícia fizera saber que prenderia qualquer pessoa que o fizesse.