O ex-director provincial de Coordenação da Acção Ambiental na Zambézia, Armindo Marques Pancrácio, está na mira do Ministério Público e incorre em pena de prisão, devido ao alegado desvio de dinheiro do Estado, uma prática que tende a ser frequente naquele ponto do país. É o terceiro caso de roubo do erário, num espaço de um mês, na mesma província. O primeiro implica, o director provincial de Educação, Armindo Primeiro, e o segundo envolve o ex-director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, Marcelo Chaquisse, ora preso.
Pesa igualmente sobre Armindo Pancrácio, o levantamento do dinheiro acima dos dias destinados à deslocação para trabalho nos distritos e viciação de guias de ajudas. O caso foi supostamente despoletado pelos funcionários da ex-direcção provincial para Coordenação da Acção Ambiental, há dois anos, através de uma carta anónima.
À semelhança do que tem acontecido noutro casos, o antigo gestor não responde sozinho pelos crimes de que é acusado. Ele arrasta consigo outros quatro funcionários do instituição a que estava afecto, que, para além de delapidação de fundo públicos, também falsificaram guias de marcha.
O gestor em alusão foi ouvido pelo Ministério Público na quarta-feira (19), mas à saída da audiência, na Procuradoria Provincial da Zambézia, disse que está sossegado, pois o que se diz sobre não passa de um mal entendido.
O procurador Herdeiro Maranha, disse que a audição visa a produção de provas que levem à submissão ao julgamento ou ilibação do suspeito.
A segunda instrução contraditória está prevista para 23 de Agosto próximo. Em Junho passado, o Ministério Público revelou que instaurou o processo-crime 375/2016, que já corre os devidos trâmites no Tribunal Judicial Provincial da Zambézia, contra Armindo Primeiro, director Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano, na Zambézia, incriminado de roubo de mais de 2.860.000 meticais.
O valor, que seria alegadamente destinado à reabilitação da casa de Cultura de Chinde, foi roubado em conluio com outros cinco funcionários da mesma instituição, incluindo o director adjunto.
A obra que nunca chegou a acontecer. A 12 de Julho em curso, o ex-director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, na província da Zambézia, Marcelo Chaquisse, foi recolhido ao calabouços, acusado de desvio de dois milhões de meticais destinados ao cultivo de campos agrícolas no distrito de Nicoadala.