Os nossos leitores destacaram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
1. Encontro entre o Governo e a Renamo: O Governo e a Renamo mantiveram um encontro na passada segunda-feira, 03 Dezembro, que visava negociar assuntos ligados ao Acordo Geral de Paz (AGP) assinado entre ambos a 04 de Outubro de 1992. O mesmo não passou de mais um encontro de amigos políticos com o único objectivo de entreter a opinião a pública e, em última análise, para juntos almoçarem numa estância hoteleira da capital do país.
A verdade é que o encontro não passou disso, e de lá não saiu consenso algum, o que fará ao homem turístico do momento pernoitar mais tempo nas matas de Gorongosa. É que, este processo supostamente negocial, fracassou desde o princípio com a falhada escolha do Ministro da Agricultura, José Pacheco, para chefiar a delegação do Governo por ser um homem que nem sequer sabe sorrir e, como se diz na gíria popular, estar sempre de cara amarrada e de poucos amigos.
Em segundo, falhou o local do encontro marcado para um hotel, lugar indecente para encontros políticos e, por fim, os assuntos colocados à mesa pela Renamo, alguns totalmente desfasados da realidade. Reivindica a Renamo, por exemplo, que para Dlhakama sair do seu novo habitat em Gorongosa é preciso que seja dissolvido o Governo e os Tribunais, constituindo-se um novo de transição até à marcação de novas eleições.
2. Falta de água potável em Chitima, sede do distrito de Cahora Bassa: Cerca de 26.116 pessoas residentes em Chitima, sede do distrito de Cahora Bassa, estão a contas com a crise de água potável, por um lado, e por outro gerada pelos cortes no seu abastecimento.
No entanto, o Conselho de Administração da Empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e as direcções das empresas mineiras de carvão JSPL/Jindal e ENRC, todas sediadas no distrito de Cahora-Bassa, assinaram na semana ora finda um memorando de parceria para a execução do plano de abastecimento de água potável à vila de Chitima. A assinatura do documento ocorreu durante a cerimónia das celebrações do 5º aniversário da reversão da barragem de Cahora-Bassa para o Governo moçambicano, que teve lugar na vila do Songo e que contou com a presença do Presidente da República, Armando Guebuza.
3. Demissão em bloco da direcção do Maxaquene: Está instalada a crise no Clube dos Desportos da Maxaquene, equipa que recentemente se sagrou campeã nacional de futebol, Moçambola 2012. Não obstante o feito, depois de um jejum de nove anos, José Salomone Cossa, presidente do clube, demitiu-se do cargo que ocupa desde 2009.
O divisionismo voltou a ganhar campo e a direcção ficou praticamente isolada. Alguns dos sócios mostraram-se com pouca disposição de continuar a dar o seu apoio financeiro.
Consta também que os cofres do Maxaquene estão a soluçar de crise, que, caso não seja contornada, pode enfraquecer, por completo, aquele clube, o que se repercutirá na próxima temporada futebolística.
“Quando o tacho é grande, a família divide-se”, dizia um leitor, a questionar como é possível que uma equipa num dia se torne campeã e, no outro, entre em crise mesmo sabendo que dentro de dias terá de representar o país nas Afrotaças. Está mais do que claro aqui que a luta na casa tricolor é pelos negócios do clube e pelos dinheiros que vão surgir com a conquista do título.
“Mas ainda bem que o Roque Xico Tricolor está fora da direcção do clube, com aquele o clube não tinha pernas para andar, visto que ele era o único membro da direcção que se sentava por cima dos problemas daquele clube com as suas baboseiras no programa Bola Ao Ar”, segundo escreve um leitor.