1. Venda de notas
À medida que se aproxima o fim do ano lectivo, o jornal @Verdade tem recebido mais – e muitas – denúncias de professores que vendem notas para os alunos transitarem de classe. Esta situação acontece não só nas escolas públicas da capital como também de todas ao longo do país, segundo apurámos.
Os queixosos dizem que este fenómeno não é recente e que tem sido normal nesta altura do ano onde por vezes, nalgumas escolas como a Secundária da Polana, o preço por uma nota mínima (10) tem se especulado chegando a custar 2000 meticais. Por outro lado, alguns docentes exigem favores sexuais em troca de uma nota mínima para que os alunos possam transitar de classe.
Na óptica dos nossos leitores, esta é uma Xiconhoquisse muito longe de terminar pelo devia ser legalizada pelo (vice)ministro da actualidade, Itae Meque, já que quem o nomeou pensou que iria regular o sector com alguma arrogância à mistura e também pelo facto de ser do conhecimento do novo Ministro enquanto vice-ministro.
“Caros professores, abram bancas e vendam essas notas mas por favor, mudem o nome desse produto para Médias de Final do Ano para ter mais (des)graça” escreveu um leitor que sugeriu este facto como uma autêntica Xiconhoquisse.
2. Exigência de um governo de unidade nacional em Moçambique
O maior partido da oposição do país, a Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), chamou na terça-feira última a imprensa à sua sede nacional na cidade de Maputo, para ali anunciar que enquanto o partido no poder, a Frelimo, não mostrar-se aberta ao diálogo e a satisfazer as exigências da RENAMO – até então não claras – ela está disponível para qualquer ofensiva, a partir de Gorongosa, local onde se “refugiou o seu líder” como uma forma de pressão.
E aquele partido da oposição não ficou só por ai. Disse através do seu porta-voz Issufo Momadi que o partido Frelimo devia destituir o actual governo, convocar eleições antecipadas e estabelecer um de Governo Unidade Nacional e Inclusivo, onde participam todos os partidos.
Motivos? A mesma canção de sempre: Fraude Eleitoral no último pleito; Revisão do Acordo Geral de Paz; A despartidarização do aparelho do Estado, das Forças de Defesa e de Segurança, bem como a desestruturação da Força de Intervenção Rápida.
Para os nossos leitores, este assunto constitui uma mera Xiconhoquisse não pelo facto de ser ideia original de um partido que manifesta a priori irreflectido, mas sim porque está como está. Se calhar seja um facto que Moçambique está mesmo pior do que Guiné-Bissau, Zimbabwe e o leitor não esteja a ver. Nunca se sabe.
3. Corte de energia em Maputo
A cidade capital do país tem registado, de forma recorrente, cortes de energia nas últimas semanas. Este cenário, aliado à falta de comunicação e de explicação por parte das autoridades da Electricidade de Moçambique (EDM), tem agastado os nossos leitores que nesta semana decidiram eleger este facto como uma Xiconhoquice.
É que, aquando do corte que precipitou a exoneração do anterior Presidente do Conselho de Administração tendo-se estendido até aos primeiros dias do novo, aquela instituição socorreu-se da desculpa de se ter tratado de uma avaria grossa, mas que a mesma tinha sido resolvida.
Naquela altura, o jornal @Verdade questionou à EDM sobre que trabalho tem sido feito para que situações do género sejam evitadas e se as mesmas não derivavam de um erro humano. Sem resposta, os dias passaram e cá está a verdade: Ainda é comum na cidade capital ficar-se sem energia e porque isto já leva tempo, está claro que o problema é mesmo humano e não de – inocentes – avarias.