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Xiconhoquices da semana: Troca de tiros em Guijá; Chama da unidade nacional só com a Frelimo; Oposição no Parlamento

Xiconhoquices da semana: Novo Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis; Passaporte falso de Nini sem falsificadores; Campanha eleitoral da Frelimo

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Troca de tiros em Guijá

A 02 de Abril corrente, os guerrilheiros da Renamo e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) confrontaram-se no posto administrativo de Nalazi, no distrito de Guijá, em Gaza, violando de forma clara a Lei no. 29/2014, que aprova o Acordo sobre a Cessação das Hostilidades Militares. Se este incidente tivesse acontecido no dia 01 do mesmo mês, não haveria dúvidas de que seria uma mentira, já que nessa data se propalam mentiras em celebração à efeméride estabelecida pelas sociedades do mundo. Independentemente de quem tenha iniciado as provocações e tenha disparado primeiro, nada justifica tamanha barbaridade que, felizmente, não causou vítimas mortais. Do lado do Governo, a Polícia limitou-se a falar sobre o incidente, mas, tratando-se de um acto grave, devia aparecer alguém com autoridade a explicar ao povo o que, realmente, se passou. Do lado da Renamo, Afonso Dhlakama disse que se tratou de um incidente sobre o qual não assume a autoria e, antes que a sua guerrilha lhe desobedeça, vai falar com o Presidente da República, Filipe Nyusi, para que imponha ordem nas suas forças. Senhores, entendam-se, façam as pazes e deixem o povo sossegado.

Chama da unidade nacional só com a Frelimo

Sob o lema “Consolidando a Unidade Nacional, a Paz e o Progresso”, o Presidente da República, Filipe Nyusi, lançou em Maputo as festividades dos 40 anos da independência de Moçambique que se celebram a 25 de Junho próximo.  Na altura, toda a população foi exortada no sentido de participar no que se chama “festa da emancipação política, sem discriminação racial ou em razão da filiação partidária, origem social, crença religiosa, idade ou grupo étnico”. A 07 de Abril em curso, foi lançada oficialmente em Nametil, distrito de Mueda, em Cabo Delgado, a chama da unidade, a qual já percorre as províncias, devendo terminar na Praça da Independência, na capital moçambicana, a 25 de Junho. Alguns dizem que a chama não é da unidade nacional, mas, sim, da vergonha porque o país não está em paz nem unido. A pergunta que os nossos leitores não puderam evitar de fazer é: que unidade nacional é essa que é celebrada num ambiente político tenso? Quem são os moçambicanos que fazem parte dessa unidade nacional se os partidos da oposição não se identificam com a tal iniciativa por causa do clima de instabilidade que paira? Com essa chama da unidade nacional, o Governo e a Renamo poderão fazer as pazes e acabarem definitivamente com a insegurança, o receio e o medo a que estamos sujeitos?

Oposição no Parlamento

Fazer oposição para eliminar certos problemas e sugerir melhorias nos planos que dizem respeito à vida do país é sempre bom, mas tentar combater tudo e todos só porque é da posição e não gosta das cores partidárias de quem está no poder é manifestamente feio. A Renamo e o MDM não podem recorrer ao seu estatuto de opositores do regime para chumbarem até o que não deviam. Os programas apresentados pelo Governo nunca foram e jamais serão perfeitos. Eles apresentam sempre lacunas clamorosas e parecem ter sido elaborados para enganar as pessoas menos atentas, mas não significa que sejam inúteis como a oposição pretende fazer perceber. Aliás, a Frelimo, também, parece que sofre de miopia e está tomada pelo lambe-botismo; por isso, não tem tido coragem suficiente para dizer ao Governo que certas coisas que inclui nos seus programas apresentados ao Parlamento não passam de trafulhices. Em relação à oposição, temos a recomendar que deve ser mais sensata e faça o seu trabalho com profissionalismo.

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