Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Saldos de caixa
Por alguma razão, o Governo da Frelimo tem estado a ocultar dos moçambicanos os montantes que tem em saldo de Caixa. Este Caixa do Governo, que tem acumulado biliões de meticais pelo menos desde 2013, de acordo com um estudo do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), é deliberadamente mantido à margem do Orçamento do Estado (OE), em várias contas domiciliadas em bancos comerciais, por forma a poder ser usado sem a fiscalização obrigatória da Assembleia da República assim como do Tribunal Administrativo (TA). Portanto, o Parlamento, órgão que fiscaliza as contas do Estado, não tem tido sucesso na apuração de como é gasto esse dinheiro dos moçambicanos que escondido pelo Governo da Frelimo.
Reajuste salarial
Definitivamente, o Governo da Frelimo não se cansa de insultar à inteligência e à dignidade do sofrido povo moçambicano. Um dos exemplos disso é o último reajuste salarial. Os salários no Sector Privado e na Função Pública em Moçambique aumentaram somente entre 5 a 18 porcento, muito aquém de cobrir o galopante custo de vida que desde o último reajuste registou aumentos em mais de 20 porcento nos preços dos alimentos considerados de primeira necessidade, da água potável e da electricidade. Ou seja, com essa realidade, os moçambicanos continuarão a viver como indigentes, pois é sabido que o salário considerado mínimo é insuficiente para cobrir as despesas básicas, sejam eles trabalhadores dos vários ramos do Sector Privado ou funcionários do Estado.
Informação da PGR
Desde que assumiu o cargo de Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchili tem vindo a apresentar um informe cheio de frases feitas e deslocado da realidade que vivem os moçambicanos. Esta semana, a Buchili, falando à Assembleia da República, não só faltou à verdade em relação ao tráfico e assassinato de albinos, mas também não falou sobre a possível responsabilização dos autores das dívidas ilegais. A PGR limitou-se a dizer que fez uma denúncia ao Tribunal Administrativo para responsabilização, por infracções financeiras, dos servidores públicos intervenientes na celebração e gestão dos contratos de fornecimento de bens e serviços, para além de se ter concentrado nos pilha-galinhas. O informe da PGR é uma clara demonstração de que os moçambicanos não deve esperar nada daquele órgão, pois ela está ao serviço do Governo da Frelimo.