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Xiconhoquices da semana: Privilégio para Moçambola; Festival de Zouk; Contas da Petromoc

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Privilégio para Moçambola

Não há dúvidas de que o futebol nacional não tem trazido alegria para os moçambicanos, mas o Presidente da República, Filipe Nyusi, no auge do oportunismo barato, veio ao público afirmar de viva voz que o Moçambola é uma actividade do povo moçambicano, pertence ao povo, razão pela qual ele e a sua turma de incompetentes vão arranjar dinheiro para que o campeonato nacional de futebol de 2018 chegue ao fim. O mais caricato é que ele e o seu bando não conseguem disponibilizar fundos para acabar com a desnutrição crónica de milhões crianças, para construir mais escolas e hospitais ou mesmo aumentar condignamente os salários dos trabalhadores. Sem dúvidas, esse posicionamendo de Nyusi não passa de numa clara demonstração de pré-campanha eleitoral que visa embriagar os moçambicanos com cerveja e futebol.

Festival de Zouk

No último fim-de-semana, os amantes do estilo musical zouk foram mais uma vez brindados com um fiasco de espectáculo. Criado em 2012, com o propósito de unir, no mesmo palco, os melhores fazedores de Zouk e não só, de diversas partes do mundo, o Festival Zouk tem sido uma plataforma eficaz que, para além de possibilitar intercâmbios entre os músicos, promove os valores artístico-culturais de dos artistas do países envolvidos. Mas não foi isso que se assistiu na semana finda, onde a falta de profissionalismo falou mais alto. Aliás, os que lá se dirigiram não só pagaram caro, mas também foram obrigados a assistir uma série de situações caricatas, tais como a demora na troca das bandas. Como quem sacode a água do capote, o promotor do referido evento já veio a público reconhecer o fiasco que foi o espectáculo, prometendo voltar a realizar quando encontrar uma equipa de profissionais.

Contas da Petromoc

Não há uma única empresa participada pelo Estado moçambicano que não esteja em falência. O exemplo disso é a empresa estatal Petróleos de Moçambique (Petromoc) que fechou o exercício de 2016 em situação de falência técnica. Ou seja, o capital próprio da Sociedade representa menos da metade do capital social, para além de apresentar um resultado líquido negativo de 3,6 biliões de meticais. Somado a isso, as dívidas à banca ascendem aos 14,3 biliões de meticais. É triste e, ao mesmo tempo, vergonhoso, quando uma empresa que tinha tudo para ser sustentável encontra-se numa situação lastimável. Na verdade, não se podia esperar outra sorte de uma empresa moçambicana participada pelo Estado. É sabido que o Estado moçambicano é controlado desde a Independência Nacional pelo Governo da Frelimo que faz dele a sua vaca leiteira.

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