Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Justificação de Armando Guebuza
Esfarrapada, é o que se pode dizer da jsutificação apresentada pelo antigo Presidente da República, Armando Guebuza, em relação às dividas contraídas ilegalmente com o aval do Estado para as empresas Proindicus, Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM) e Mozambique Asset Management (MAM). Perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que supostamente está a investigar as dívidas, Guebuza não só faltou o respeito aos moçambicanos, como mostrou tamanha prepotência ao afirmar que libertou o país, daí a sua idoneidade, mesmo violando de forma vergonhosa a Constituição da República. Em país sérios e normais, um indivíduo como Guebuza já devia estar preso numa minúscula cela pelos danos financeiros que causou ao povo moçambicano.
Política do Banco de Moçambique
As medidas que o Banco de Moçambique tem vindo a tomar continuam a não fazer efeitos na estabilização da economia. As famílias moçambicanas ainda estão a sentir a pressão da subida galopante dos bens de primeira necessidade quase todas as semanas. Nem mesmo nesta quadra festiva a situação melhora de modo a permitir que os moçambicanos festejem o Dia da Família e a passagem do ano com o mínimo de dignidade que merecem. Que o custo de vida é insustentável para os cidadãos honestos não é novidade, assim é há vários anos, e tudo indica que o Banco Central está pouco se importando com a situação, pois pouco ou quase nada faz para alterar essa triste realidade. Se a carestia de vida continuar do jeito que está, não vai restar outra saída para as famílias moçambicanas senão morrerem de fome.
Aeroporto de Nacala
Até parece piada toda essa situação absurda por que passa o nosso país. É, na verdade, o resultado da irresponsabilidade e corrupção organizada mesclada com incompetência aguda que grassa no Governo da Frelimo. A título de exemplo, é o Aeroporto de Nacala. Após ser inaugurada com pompa e circunstância por Armando Guebuza, volvidos dois anos, o aeroporto revela-se num elefante branco, contribuindo para a situação de falência técnica da empresa estatal Aeroportos de Moçambique. O mais preocupante é que, embora tenha custado centenas de milhões de dólares norte-americanos em dívidas para o povo, o mesmo nem sequer serve a maioria dos moçambicanos. Mas o mais caricato foi o facto de o Governo moçambicano admitir a incapacidade de gerir a infra-estrutura. A questão é: por quê se colocou o país em avultadas dívidas para a construção de um aeroporto que se tem mostrado desnecessário?