Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Goleadas na poule Norte
As goleadas verificadas na poule da região Norte de apuramento para o Campeonato Nacional de Futebol, Moçambola-2016, são, no mínimo, estranhas. É que os dois candidatos à única vaga venceram as suas partidas por resultados que em nada abonam a verdade desportiva do nosso futebol: 11 a 0 e 17 a 0. Entrou primeiro no campo municipal 1º de Maio, na cidade de Lichinga, o Ferroviário de Pemba que venceu a Liga Desportiva, também de Pemba, por 11 a 0. Na segunda partida da tarde o Ferroviário de Lichinga derrotou a Liga Desportiva de Monapo por 17 a 0. Ou seja, de uma assentada, num país onde os golos escas seiam, foram registados 28 em apenas dois jogos. Devido a estes números pouco comuns para uma partida de futebol, ainda não está decidido quem é o primeiro classificado que se apura para o Moçambola. É caso para dizer que há xiconhoquice nessa mata!
Ferry-boat sem procedimentos para emergência
É revoltante o descaso a que o Governo moçambicano vota ao seu sofrido povo. Quase sempre verificam-se avarias no ferry-boat que garante a travessia diária de centenas de moçambicanos de Catembe à cidade de Maputo e vice-versa. Reconhecemos que as avarias acontecem, mas é preciso que se garantam os protocolos de emergência, de modo a salvaguardar-se vidas humanas que precisam daquele meio de transporte para se deslocarem e desenvolverem diversas actividades para o desenvolvimento do país. Porém, sucede que o Executivo está a marimbar-se, deixando a população entregue à sua própria sorte. Primeiro, o ferry-boat avariou o leme, e depois encalhou, deixando os passageiros em pânico. Tudo indica que se está à espera de uma catástrofe para que se possa tomar alguma medida.
G40 de volta à RM e TVM
Os 40 parladores banais, conhecidos por G-40, cujas funções são exclusivamente ajeitar a gravata do Presidente da República e defender ideias nada abonatórias, estão de volta à Rádio Moçambique (RM) e Televisão de Moçambique (TVM). Com os seus comentários vazios e cheios de frases comuns, aqueles indivíduos são especialistas em demagogia. São, na verdade, um perigo para a democracia. O mais preocupante é que lhes é permitido desenvolverem as suas actividades de bajulação nos órgãos de informação públicos, que promovem programas informativos em defesa do partido no poder.