Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
“Drible” a Afonso Dhlakama em Tete
Nas celebrações do 22º aniversário da Paz em Moçambique, no último sábado (04/10), o governo da província de Tete evitou a presença da Renamo na Praça 04 de Outubro, facto que é condenável. Não havia motivos para tal acto, sobretudo depois de a “Perdiz” ter comunicado com antecedência, às autoridades, que ia estar presente, pela primeira vez, nas celebrações oficias da efeméride.
Durante anos, esta força de oposição foi criticada por causa das suas ausências nas cerimónias de deposição de flores em virtude da comemoração das datas históricas e festivas para o país, mas, desta vez, foi discriminada quando pretendia demonstrar que mudou de atitude e dar sinais de que assinou o segundo acordo de cessar-fogo de boa-fé.
Em Maputo, aos membros deste partido não foi dado espaço para se pronunciarem em torno da data; por isso, sentiram que foram desconsiderados pelo protocolo. Alguém prometeu que a Renamo ia dizer algumas palavras em torno da efeméride mas, de repente, nada disso aconteceu por razões publicamente desconhecidos. Com este tipo de comportamento, a democracia está ameaçada e todos corremos riscos…
Roubo de boletins de voto
Vinte e seis caixas com boletins de voto provenientes da capital moçambicana e dirigidas a cinco assembleias do distrito de Pebane e um à de Namacurra, na província da Zambézia – segundo maior círculo eleitoral do país – foram roubadas na madrugada de sábado passado (04/10) no cruzamento de Inchope, em Manica, do interior de um contentor do camião, alugado pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Os selos foram violados em resultado de o motorista e os dois polícias não terem cumprido as orientações das autoridades de administração eleitoral, que preconizavam que eles deviam estacionar a viatura e pernoitar nas esquadras ou nos comandos da Polícia.
As pessoas que roubaram tais boletins de voto têm objectivos desconhecidos a alcançar, mas, obviamente, relacionados com a fraude eleitoral. Uma das consequências desta situação é que será necessário desembolsar mais dinheiro para se realizar um trabalho que já tinha sido feito. É difícil compreender certas atitudes como esta xiconhoquice… Porém, cabe a todos nós garantir que o material em causa não seja usado para “encher” as urnas a 15 de Outubro.
Danificação do relvado do Estádio Nacional do Zimpeto
O Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ) acolheu, há dias, as celebrações do 50º aniversário das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). O local ficou abarrotado de gente – entre militares e crianças que desfilavam – e o resultado foi a danificação do relvado. O piso ficou sem condições para a prática do futebol, sobretudo para um embate como o de sábado entre os “Mambas” e os “Tubarões Azuis”.
Apesar deste facto, José Pereira, director-adjunto do ENZ, tentou desdramatizar a situação, em entrevista a um jornal da praça, e disse que o campo estaria em condições de acolher o jogo a que nos referimos. As pessoas que entendem e valorizam o desporto transferiram o embate para o Estádio da Machava, pois qualquer insistência em realizar a partida no local podia culminar com penalizações severas contra o Estado moçambicano por parte das organizações internacionais que tutelam o futebol.
Os clubes que usam aquele campo para os jogos do Moçambola, nomeadamente o Desportivo e o Maxaquene devem encontrar alternativas e deverão ser recompensados uma vez tinham contratos rubricados com os gestores do ENZ. Ficou a lição para que nas próximas festas se criem condições com vista a evitar danos como estes.
