1. Despromoção do Desportivo de Maputo
91 anos depois da sua fundação, e pela primeira vez na história da sua longínqua existência, o Grupo Desportivo de Maputo caiu de divisão e não fará (mais) parte pelo ou menos no próximo ano, do Moçambola. O Desportivo perdeu no último fim-de-semana diante do Chingale de Tete por 1 a 0 e antecipou o seu destino a uma jornada do fim da presente época.
Ao que parece, a queda do Grupo Desportivo de Maputo esteve ligada ao facto desta época aquela equipa não ter feito um campeonato regular, onde ao fim de 25 jornadas alcançou o número de seis vitórias, sete empates e doze derrotas totalizando 25 pontos.
Na verdade, o que sucedeu ao Desportivo de Maputo foi que a dada altura sobretudo pouco depois da dobradinha de 2006 com Uzaras Mahomed, observou uma crise de gestão desportivo-financeira em que os frutos não foram bem colhidos, até porque pessoas certas não estiveram no lugar certo, num momento errado.
Em face disso, foi que os principais jogadores que levaram o Desportivo ao triunfo saíram do clube e a formação não se mostrou à altura de responder às exigências de uma equipa na alta divisão.
Os sócios do clube, o braço que devia defender o interesse do clube perante a direcção, preferiram tratar o assunto de forma leviana e, como consequência, poderão assistir ao seu clube no próximo ano ombrear com equipas como Vulcano, Cape-Cape e Mahafil, equipas que nunca deviam estar no horizonte competitivo do Desportivo.
Isto, segundo os nossos leitores, é apenas uma lição para a necessidade de organização e honestidade no sistema de gestão desportiva do país no geral. Não precisamos de mais Desportivos neste país.
2. Subida do preço do chapa
Num dia 15, “tiko 15”. As autoridades municipais de Maputo e Matola decidiram que o agravamento do preço de transporte, aprovado pelo partido Frelimo junto da Assembleia Municipal de Maputo, devia entrar em vigor no dia de ontem e…dito e feito: o povo paga mais para ter menos transporte.
Porém, uma das coisas que as autoridades Municipais se esqueceram, se calhar porque fazer sofrer o povo é a sua actividade principal, foi de avançar com novas medidas e estratégias para combater o fenómeno “encurtamento” de rotas que com este novo preço vai sacrificar ainda mais o bolso do cidadão moçambicano.
Alguns leitores, os mais acomodados, até não se incomodam com a subida do preço mas sim com o não cumprimento de rotas que só revela a anarquia existente nestes dois municípios.
Aliás, acham esses leitores que a corrupção que graça a policiaria de trânsito e os seus amigos camarários, outorgando este fenómeno de encurtamento de rotas, revela por outro lado que há manguinhos e nkalinhos que comem (“mamam”) sentados no gabinete com este assunto de transporte.
E é mesmo estranho para um país que se preze, só se decidir a subir a tarifa mas nunca a frota de transporte.
3. Confusão nos campos de futebol
Uma vez mais, o campo 25 de Junho foi palco neste fim-de-semana de escaramuças provocadas por adeptos envolvendo a Força de Intervenção Rápida para manter a ordem. Esta situação originada por protestos a alegada má exibição do árbitro, fez com que o jogo entre o Ferroviário de Nampula (0 – 1) e Clube de Chibuto fosse cancelado na segunda parte, ainda com muito tempo por jogar.
Para os nossos leitores, é de todo estranho que estas confusões existam com maior frequência em Nampula, transcendendo do campeonato provincial ao próprio Moçambola pelo que, há uma necessidade urgente de se vedar e proibir a prática de futebol naquele ponto do país enquanto os pseudo-amantes do desporto não se educam.
Mais do que a Liga Moçambicana de Futebol, a Federação Moçambicana de Futebol longe de fazer apelos e castigar os clubes visitados, é preciso que decida com mão dura de modo a dar educação a quem mais precisa dela: o (pseudo) adepto.
Conforme disse um leitor, os campos de reeducação dos tempos do saudoso Samora Machel deviam existir especialmente para estes casos.