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Xiconhoquices da semana: Comissão do partido Frelimo para dialogar com Afonso Dlhakama; Órgãos de comunicação que passaram por cima de manifestações; Compra do Mercedes S500

Fazem a lista de xiconhoquices desta semana a Comissão do partido Frelimo para dialogar com Afonso Dlhakama, os Órgãos de comunicação que passaram por cima de manifestações em Maputo e a Compra do Mercedes S500 para a Presidente da Assembleia da República.

1. Comissão do partido Frelimo para dialogar com Afonso Dlhakama:

Face às ameaças de retorno à guerra e pressões do líder da Renamo Afonso Dlhakama, que há sensivelmente um mês se encontra nas matas de Gorongosa, base dos seus homens armados, o partido Frelimo decidiu, na semana passada, criar uma Comissão para as negociações.

A referida comissão é composta por indivíduos anónimos designadamente: Afonso Menezes Camba, Manuela Mapunque, Yolanda Matsinhe e Renato Mazivila.

Segundo o porta-voz do partido no poder, esta decisão surge no âmbito da FRELIMO estar permanentemente em encontros de diálogo com diversas sensibilidades moçambicanas, na procura de soluções para os problemas que afligem a sociedade.

Ora, não passa de mais uma peça teatral para enganar os mais distraídos, se calhar até ao próprio líder da Renamo, que possivelmente embalará nesta ladainha.

Precisa-se de facto de um colosso Ego para acreditar que este grupinho de “lambi-sugas” dos dirigentes da Frelimo terá capacidade suficiente para negociar seja lá o que for, em nome da paz e da estabilidade nacional. Pensam os nossos leitores que estes ilustres anónimos que nem conhecem o Acordo Geral de Paz estão em condições de negociar um ponto sequer?

Mas bem, bem… Só para o leitor não pensar que o @Verdade caiu no erro: afinal a quem recai a responsabilidade de negociar com Afonso Dlhakama? Às instituições do Estado, no caso no Governo ou ao partido Frelimo?

2. Órgãos de comunicação que passaram por cima de manifestações

Na passada quinta-feira, as cidades de Maputo e Matola acordaram com um receio de manifestações populares contra a subida da tarifa do transporte e dos encurtamentos de rotas. Aliás, em várias zonas das duas cidades houve focos de manifestações que se repercutiram na queima de pneus e colocação de barricadas na via pública, o que impossibilitou a circulação.

Contudo, os órgãos de informação, sobretudo os públicos, Rádios e Televisões passaram na manhã daquela quinta-feira informações e imagens enganosas que davam conta que nada se estava a passar e que nas duas cidades reinava a acalmia e a tranquilidade. Mas tudo falso. Muitos cidadãos que se basearam naquelas informações acabaram por percorrer longas distâncias a pé de volta aos seus aposentos.

Ao que se soube, tratou-se de uma ordem superior para que não fosse reportado o trabalho da polícia que naquele dia foi autorizado a disparar contra os manifestantes.

3. Compra do Mercedes S500:

A Presidente da Assembleia da República (AR), Verónica Nataniel Macamo, que chegou ao Parlamento de um carro comum na tomada de posse, vai passar a deslocar- se num Mercedes Benz S500, topo de gama, que vai custar cerca de 500 mil dólares (14 milhões de meticais) aos cofres da AR.

O valor para adquirir o S500 dava para comprar, na Tata Moçambique, quatro autocarros de transporte público. Porém, no mercado internacional o número subiria para seis. Portanto, o luxo de Verónica Macamo priva os moçambicanos de quatro autocarros que poderiam transportar 320 indivíduos.

Vamos transcrever o texto de um leitor que elegeu esta pouca vergonha. Bem, tivemos dificuldades em acertar o “xixismo” para o português corrente mas ficou assim: “Porque reclamamos nós o povo? Então o povo não sabe que quanto mais espaçosos ficamos mais necessidade de ficarmos acomodados temos? Deixem. Ela aumentou o peso com o poder, tanto que tentou montar um ginásio em casa também com dinheiros chorudos da AR e não conseguiu. Bolas”

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