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Xiconhoquices da semana: Atraso na reposição de torres de energia; Terceira consulta para reassentamento; Agentes da UIR

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Atraso na reposição de torres de energia

A quatro meses para o ano terminar, ainda não foram repostas as torres de transporte de corrente eléctrica que caíram em Mocuba, na província da Zambézia, deixando as zonas Centro e Norte de Moçambique por mais de um mês sem energia eléctrica. A queda das torres deveu-se à fúria das águas originadas pelas intensas chuvas que se registaram naquela região do país. Na altura, a Electricidade de Moçambique (EDM) informou que se tratava de infra-estruturas bastante grandes, cuja reposição duraria mais de uma semana e que o início das obras estava condicionado ao abrandamento das chuvas. Nessa época, o grande problema era alcançar o corredor das torres. Volvidos sete meses, pouco ou quase nada foi feito com vista a reparação da infra-estrutura danificada. O mais caricato é o facto de as chuvas já terem cessados e, mesmo assim, a situação ainda não foi resolvida.

Terceira consulta para reassentamento

Já não se pode dizer que estamos diante de atropelo a Lei de Terras, porque, na verdade, se trata de um estupro cometido pelo Governo contra a lei. Apesar de o Executivo reconhecer terem existidos irregularidades no processo, começou na aldeia de Senga, esta semana, a terceira consulta pública para o reassentamento das comunidades que vivem no local onde se pretende instalar infra-estruturas de processamento de Gás Natural Liquefeito(GNL). Como sempre, os investidores liderados pela Anadarko iludem com promessas monetárias e benfeitorias fazendo sonhar o pobre cidadão que vive numa região onde não existe sequer um posto de saúde. É caso para dizer que o zé-povinho está entregue à sua própria sorte. Quanta Xiconhoquice!

Agentes da UIR

A Polícia moçambicana é, sem dúvida, a nossa maior vergonha. Se não está a espancar cidadãos indefesos, está metido em actos ilícitos. Recentemente, um grupo de homens da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) pôs-se a consumir álcool e começou a violentar cidadãos, na vila de Xinavane, na província de Maputo. Como se não bastasse, os agentes da UIR ameaçaram violar sexualmente raparigas naquela região. Tudo terá começado quando os trabalhadores da açucareira de Xinavane ameaçaram entrar em greve para reivindicar os seus direitos junto ao patronato. A direcção da firma, por sua vez, solicitou a intervenção da UIR. Temendo serem espancados sem dó nem piedade, os operários desistiram de exigir melhores condições de trabalho. Os agentes da UIR, de arma em punho, foram procurar ocupação numa barraca, onde se embriagaram e protagonizaram actos de brutalidade.

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