Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Xiconhocas da semana: Ivone Soares; Sequestradores de albinos; Ladrões de medicamentos

Xiconhocas da semana: Lizha James; Atanásio M’Tumuke; Standard Bank

Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:

Ivone Soares

“A Renamo, os seus homens fortes, que a Frelimo chama de homens armados, vão continuar com as suas armas em punho, não brinquemos aos soldadinhos”, disse Ivone Soares. Alguém percebeu o alcance destas declarações? Num país como Moçambique, onde a realidade relativamente ao futuro é incerta devido ao clima de tensão que se vive há quase três anos, ouvir a chefe desta bancada parlamentar da Renamo a gabar-se do facto de o seu partido ser detentor de armas e estar a protagonizar tiroteios contra o Exército é arrepiante. Uma líder de um partido da oposição, que possui instrumentos bélicos, aquartela guerrilheiros (em número desconhecido), fica na defensiva para atirar sob o pretexto de estar a ser provocado e profere declarações hostis e de guerra, devia, sem dúvida, ser repreendida em público. Depois de ouvirmos Ivone Soares a questionar: “quem é esse que vai conseguir, pela via da força, desarmar-nos?”, resta-nos apenas uma sugestão: a senhora deve retratar-se e falar com os mais velhos a fim de ser educada.

Sequestradores de albinos

Como sociedade, estamos cientes de que os ataques e o tráfico de partes do corpo dos albinos ou desta pessoa na sua totalidade só vão chegar ao fim quando os promotores destes actos forem identificados, presos e punidos exemplarmente. Contudo, alguém, em Moçambique ou noutro canto do mundo, conhece uma pessoa que tenha ficado rica por ter vendido um albino? Mostrem-nos! Quem já se curou do VIH/SIDA com recurso a partes do corpo de um albino? Indiquem-nos essa gente para que nos possa explicar como é que conseguiu tal feito! Porque uma criança albina deve escondida por medo de que vá se tornar um alvo de ataque de pessoas que olham para ela como um animal selvagem por caçar? A época em que os seres humanos eram vendidos como se fossem mercadorias e até trocados por certos produtos a favor de quem se outorgava esse direito já passou. Deste modo, urge que haja uma mão dura sobre aqueles indivíduos que transformam os seus semelhantes em mercadorias. Prendam esses xicos e coloquem-nos perpetuamente numa jaula!

Ladrões de medicamentos

Não decorreu muito tempo desde que a ministra da Saúde, Nazira Abdula, disse que o transporte de medicamentos de um lugar para o outro dentro de Moçambique será feito sob uma forte vigia da Polícia. A medida está a tardar a entrar em vigor e para ser frutífera é preciso, primeiro, purificar os armazéns que se encontram infestados de gente que antes de servir o povo pensa em roubar. Não se explica que haja tantos medicamentos à venda no mercado informal e as farmácias públicas funcionem entre sucessivas crises. Não faz sentido que uma farmácia pública não tenha fármacos e o cidadão dependa dos privados. Os ladrões de medicamentos não podem, nem que sejam aos milhares, ser mais fortes e valentes que todos nós juntos que defendemos a nossa saúde. Um sistema sanitário estatal não pode ser rebaixado por uma gangue de larápios que se fazem passar por profissionais da Saúde. O que impede que se recolha todos os medicamentos à venda nos mercados informais e sejam incinerados? Quem protege os comerciantes desses fármacos e porque ninguém ainda percebeu que eles são uma porta para se chegar às redes que abastecem o mercado negro?

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!