Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices da semana:
Contratação de seleccionador de básquete para 3 jogos
É impressionante a falta de prioridade por parte das autoridades que velam pelo desporto no país. O caso mais caricato disso é a contratação do seleccionador nacional de basquetebol. Ou seja, a nossa selecção está órfã de seleccionador desde a última segunda-feira (26), uma vez que Inaki Garcia foi apenas chamado para três jogos, enquanto isso gastam-se milhões com seleccionador de futebol cuja equipa está longe dos desafios do básquete. O Governo continua a apostar numa modalidade que não tem trazido resultados animadores para os moçambicanos. O basquetebol está um passo de conseguir o apuramento para o mundial de 2019 em sénior masculino. Enfim, é uma vergonha o que acontece no sector de desporto neste país.
Educação
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) deve anda muito distraída. Por alguma carga de água, o ministério definiu como uma das suas grandes prioridades garantir que os alunos do 1º ciclo do Ensino Primário progridam e adquiram as competências iniciais de leitura, escrita e cálculo. Esta informação foi dada a conhecer pela ministra do pelouro Conceita Sortane, no lançamento do Plano Nacional de Acção de Leitura e Escrita (PNALE), um instrumento orientador que visa contribuir para a promoção dos hábitos de leitura. A questão que se coloca é, se hoje o foco será na leitura e escrita, antigamente qual era o foco do nosso sistema de ensino? Eram as passagens automáticas para atingir objectivos do milénio de 100% escolarização primária mesmo com alunos que não sabem ler e escrever?
Aumento dos preços do chapa
Como se não bastasse o elevado custo dos bens alimentares, os moçambicanos, sobretudo os residentes na cidade e província de Maputo, foram surpreendidos com a notícia do aumento dos preços do chapa. O Conselho Municipal de Maputo anunciou a entrada em vigor dos novos preços de transporte a partir do dia 05 de Março do ano em curso. O Município justifica essa decisão estapafúrdia, afirmando que se trata de uma medida que se enquadra no âmbito dos esforços empreendidos pelo Governo e Município com vista a melhoria dos serviços de transportes urbanos de passageiros. Na verdade, essa nova realidade vai agudizar o custo de vida, para além de sofocar o pacato cidadão que já é forçado a viver com o salário mínimo de fome.