Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:
Polícia mata cidadão em Lichinga
A cada dia que passa, a Polícia da República de Moçambique (PRM) dá provas do seu despreparo para garantir a ordem e segurança pública e, também, dá sinais de que usa e abusa do poder de tal modo que recorre a armas em sua posse para matar impiedosamente inocentes.
Foi assim no bairro de Chuaula, na cidade de Lichinga, província do Niassa, onde um agente desta corporação acabou deliberadamente com a vida de um cidadão de terceira idade, na quinta-feira (12), supostamente porque não trazia consigo o bilhete de identidade e a licença da bicicleta nova na qual a vítima se fazia transportar.
Várias pessoas ficaram feridas em resultado de uma confusão que se gerou logo após o acontecimento, que resultou no ferimento do atirador. Uma PRM que deixa de perseguir os criminosos e olha para cidadãos inocentes como seus inimigos é uma vergonha.
Electricidade de Moçambique
Na semana passada, as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane permaneceram hora e meia às escuras devido à avaria num transformador da Electricidade de Moçambique (EDM). Felizmente, os clientes desta companhia não ficaram mais do que esse tempo sem energia eléctrica. Contudo, o episódio lembrou-nos os momentos em que ficámos horas a fio sem iluminação porque a firma estava a reparar determinadas subestações.
Este problema que consiste em consertar redes secundárias de distribuição eléctrica sem alternativas para o fornecimento contínuo de energia verifica-se realmente em países como o nosso, onde não é só a escassez de meios materiais e financeiros obsta a provisão eficiente de serviços públicos: há falta de mentes férteis para assegurarem que haja planos de abastecimento de energia eléctrica 24 horas por dia. Se o sofrimento e a cólera a que temos sido sujeitos devido a esta situação derivam da incompetência, os gestores da EDM que se demitam.
Gestores do Fundo de Paz e Reconciliação Nacional
Agora que já está em funções a Assembleia-Geral do Fundo de Paz e Reconciliação Nacional, órgão que vai gerir os 10 milhões de dólares norte-americanos alocados pelo Governo, destinados à reintegração social dos desmobilizados de guerra, em particular dos homens que estiveram envolvidos no último conflito militar, que terminou a 05 de Setembro passado com a assinatura do Acordo de Paz, assinado pelo antigo Chefe de Estado, Armando Guebuza, e pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, muita gente está a esfregar as mãos à espera de “mamar” o dinheiro.
Prestemos atenção nos membros da tal Assembleia-Geral, porque em breve vão engordar à custa do dinheiro que foi alocado pelo Estado para transformar o Ministério do Combatentes numa espécie de “vaca leiteira”. Aliás, aqueles problemas de costume, relacionados com a má gestão e que o Gabinete de Combate à Corrupção não consegue resolver, serão recorrentes. Esteja