Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
Castro Namuaca
O edil cessante de Nampula, Castro Namacua, é um Xiconhoca por excelência. Tudo porque, quando se preparava para deixar o poder, ele procedeu, de forma vergonhosa, a uma “chuva” de despachos de última hora, atribuindo terrenos (e não só) a pessoas da sua confiança.
Na verdade, a acção visava estorvar o trabalho do novo presidente do município. A atitude de Namacua, segundo os nossos leitores, é própria de uma figura desprovida de sensatez e, acima de tudo, de um ignorante até a medula.
Gabriel Muthisse
“O apressado come cru”, diz a sabedoria popular. De acordo com os nossos leitores, o ministro dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, não só comeu cru, mas também queimou a boca.
No calor da emoção, Muthisse ignorou as normas da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), divulgando o relatório preliminar sobre o despenhamento do voo TM 470 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), segundo o qual “houve intenção” do comandante de deixar cair o aparelho. Porém, o mais caricato foi a tentativa do ministro de justificar uma atitude irresponsável.
Adelino Buque
“Há coisas que só acontecem em Moçambique”, consideram os nossos leitores. Marcar tolerância de ponto via SMS é uma delas. O presidente do pelouro de Trabalho e Acção Social na Confederação das Associações Económicas (CTA), Adelino Buque, com aquele jeito característico de um “bom” menino de recados, contrariou os seus colegas da CTA sobre as concertações com o Governo, em torno das tolerâncias de ponto.
Sem mandato para tal, Buque anuiu que nos dias 02 e 03 (de Janeiro) se decretasse tolerância de ponto, provocando avultadas perdas económicas. Como um bom Xiconhoca, já pediu a sua demissão.