Os Estados Unidos protestaram oficialmente junto às autoridades de Pequim depois de uma manobra hostil efetuada por barcos chineses contra um navio americano em águas internacionais.
Cinco barcos chineses efetuaram manobras perigosas domingo perto de um navio da Marinha dos Estados Unidos, a cerca de 120 km da ilha chinesa de Hainan, informou o Pentágono.
A Casa Branca reagiu ao incidente nesta segunda-feira pedindo à China que respeite o direito internacional e destacando que a presença do “USNS Impeccable” no Mar da China não tem nada de anormal.
“Evidentemente, que os nossos barcos navegam de forma regular em águas internacionais, onde ocorreu o incidente”, declarou o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs.
“Seguiremos navegando nesta águas internacionais e esperamos que a China respeite o direito internacional”.
Segundo um porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, “foi uma manobra imprudente, perigosa, e não profissional”. “Pensamos que nosso navio foi hostilizado injustamente. Este é o motivo do nosso protesto junto ao governo chinês”, explicou Robert Wood, porta-voz do Departamento de Estado.
De acordo com o Pentágono, os barcos chineses cercaram o navio americano e dois deles aproximaram-se a menos de 15 metros, erguendo bandeiras chinesas e exortando os americanos a deixarem o local. O incidente chegou a ficar cômico quando a tripulação americana jogou água no barco chinês que estava chegando perto demais, obrigando os tripulantes a ficarem de cuecas.
“Como os chineses chegaram com intenções desconhecidas, os marinheiros atiraram água num dos barcos para se proteger”, explicou o ministério da Defesa em comunicado. “Os tripulantes chineses tiraram a roupa e o barco continuou a aproximar-se, chegando a menos de oito metros”, acrescentou.
Os chineses atiraram pedaços de madeira no caminho, e dois barcos colocaram-se diante do navio americano, obrigando-no a tomar medidas de emergência para evitar uma colisão, segundo o comunicado do Departamento de Estado.
O navio americano dedica-se a missões de vigilância e a “reunir dados sobre a acústica submarina”, destacou Whitman.
Este incidente inscreve-se num contexto de “crescente agressividade dos barcos chineses” nos últimos dias, segundo o Pentágono.