A Bolsa de Nova York fechou em seu mais alto nível do ano esta quinta-feira, recuperando o fôlego graças a resultados de empresas melhores que o esperado: Dow Jones ganhou 0,92% e Nasdaq, 0,84%. O Dow Jones Industrial Average subiu 83,74 pontos, a 9.154,46 unidades, e o Nasdaq avançou 16,54 unidades, a 1.984,30, após superar a barreira dos 2 mil pontos pela primeira vez desde outubro passado.
O índice Standard & Poor’s 500 ganhou 1,19% ou 11,60 pontos, a 986,75. “Os resultados das empresas continuam impressionando”, observou Scott Marcouiller, da Wells Fargo Bank. O pregão de hoje, um dos mais carregados de resultados da temporada, permitiu aos investidores retomar a tendência de alta das últimas semanas, após duas sessões no vermelho. “Devemos ver além dos simples dados dos resultados corrigidos no segundo trimestre. É preciso observar as empresas que superaram as estimativas: Goodyear, quando o automóvel está em crise, Motorola e, inclusive, Mastercard, quando ainda persistem os problemas de crédito”, observou Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.
Após a metade das empresas que integram o índice S&P 500 anunciarem seus resultados, o número de companhias com resultados melhores que o previsto “atinge a taxa mais alta desde 1994”, destacou Steven Ricchiuto, da Mizuho Securities. Os setores relacionados ao consumo, as tecnologias da informação e a indústria excederam as previsões dos analistas em mais de 10%, lembrou Ricchiuto. Com a elevação dos preços das matérias primas, os papéis da indústria e de materiais básicos impulsionaram a recuperação do mercado hoje.
A decepção ficou por conta da ExxonMobil, cuja ação foi uma das poucas do Dow Jones a fechar em baixa, após ter anunciado seu menor lucro trimestral em sete anos. O papel caiu 0,99% a 70,72 dólares. No mercado obrigatório, o rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos recuou a 3,641%, contra 3,664% na véspera. O título a 30 años fechou a 4,450%, contra 4,503%.