As viúvas e os filhos de ex-agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Quelimane queixam-se de não estarem a receber, alguns desde 2011, os subsídios a que têm direito a partir da altura em que as pessoas de quem dependiam morreram.
A viúva Conceição Viegas, de 29 anos de idade, tem dois filhos menores que frequentavam a 1ª e 2ª classes na Escola Primária São Carlos Luanga, na cidade de Quelimane. O seu marido perdeu a vida em Agosto de 2013 e, ao ouvir as lamúrias de outras mulheres na mesma situação, fica desesperada por não saber se vai ou não beneficiar do subsídio dos seis meses para fazer a missa pela morte do seu marido.
Elite Carlos, outra viúva, disse-nos que é camponesa e mãe de cinco filhos. Devia passar a auferir o salário do falecido, mas isso não acontece desde 2011. Neste momento recorre ao comércio informal, para além de agricultura, para sobreviver.
A história de Conceição Viegas e de Elite Carlos não é diferente da de outras três viúvas com quem conversámos mas que pediram para que os seus nomes não sejam citados. Segundo elas, a instituição para qual os seus maridos prestavam serviços não lhes dá os subsídios a que têm direito, também, desde 2011.
Entretanto, o Comando Provincial da PRM na Zambézia juntou, esta segunda-feira (30), na cidade de Quelimane, perto de 200 pessoas, entre filhos e esposas de ex-membros da Policia da Republica de Moçambique falecidos, para distribuir pequenas quantidades de alimentos para as festas de fim de ano e ano novo. As famílias receberam arroz, sumos, bolachas, brinquedos e frutas.
O comandante provincial da PRM, José Wing Sang, disse que as autoridades estão a trabalhar com vista a resolver alguns problemas que apoquentam os filhos e as viúvas dos polícias mortos.