Um total de 1.590 casos de vírus da febre do Nilo Ocidental, dos quais 66 mortes, foi relatado ao longo deste mês de Agosto, do ano em curso, nos Estados Unidos. O número é maior comparativamente ao registado em 1999, ano em que a doença, transmitida por mosquito, foi detectada no país. Receia-se que os casos aumentem ainda mais.
O total de vítimas está crescendo rapidamente e “achamos que os números continuarão crescendo”, disse o director da Divisão de Doenças Infecciosas Transmitidas por Vectores, no Centro para o Controle e Prevenção de Doença dos EUA, Lyle Petersen.
Segundo a agência Reuters, ao longo da semana passada, 1.118 casos e 41 mortes foram relatados. Os dados actualizados apontam que houve um aumento de 40 por cento no número de casos e um aumento de 61 por cento no número de mortes, mas não batem o recorde para um ano: 9.862 casos e 264 mortes em 2003.
No Estado do Texas, duramente atingido, o número de casos confirmados subiu para 733, um aumento de 197 desde a semana passada, disse o comissário do Departamento de Serviços Estatais de Saúde do Texas, David Lakey, para quem “parece que este será o nosso pior ano. Quando olho para os números, não fico convencido de que já atingimos o pico”.
Os casos do vírus do Nilo Ocidental são relatados pelos 48 Estados próximos nos EUA. As aves são tidas como hospedeiros. Os mosquitos também transmitem o mesmo vírus picando aves, mamíferos, inclusive o homem. E 43 Estados têm pelo menos um caso humano. Só o Alasca e o Havaí foram poupados.
“O vírus a esta altura é idêntico em todos os Estados Unidos, com a possível excepção de regiões de alta altitude como as Montanhas Rochosas. Há risco em quase todo o lugar”, disse Lyle Petersen.