Até 35 pessoas foram mortas em meio à violência desencadeada pelas eleições na Nigéria, informaram neste domingo grupos da sociedade civil, depois que eleitores se dirigiram às urnas para votar em uma acirrada disputa entre o presidente Muhammadu Buhari e o empresário Atiku Abubakar.
Os grupos disseram que o número de mortos durante a maior eleição da África superam os da disputa 2015, que foi amplamente considerada tranquila, exceto por um ataque do Boko Haram que matou mais de uma dúzia de pessoas.
Votações anteriores foram marcadas por violência e manipulação de votos.
Clement Nwankwo, convocador de uma entidade que representa mais de 70 grupos da sociedade civil, disse que 16 pessoas foram mortas pela violência que tomou conta de oito Estados, enquanto a consultoria SBM Intelligence citou 35 mortos.
A polícia não respondeu imediatamente a ligações e mensagens de texto pedindo comentário.
Buhari, de 76 anos, ex-líder militar que busca um segundo mandato à frente da maior nação produtora de petróleo da África com uma plataforma anticorrupção, enfrenta Atiku, de 72 anos, ex-vice-presidente da Nigéria, que prometeu expandir o papel do setor privado.
Festus Okoye, uma autoridade da Comissão Nacional Eleitoral Independente, disse que algumas pessoas foram mortas nos estados ao sul do país de Rivers, Lagos e Oyo, mas não podia confirmar números.
Algumas estações de votação permaneceram abertas neste domingo para permitir que mais nigerianos votassem, após a violência, atrasos na abertura de urnas e falhas de sistema em vários Estados interromperem o processo eleitoral no sábado.
Quase 73 milhões de eleitores votaram em uma eleição com mais de 70 candidatos presidenciais.
Não estava claro quando os resultados da eleição seriam anunciados.
“Está tudo correndo bem com a contagem”, disse Okoye. “A partir de terça-feira devemos ter um número substancial de resultados.”