A Polícia Ambiental moçambicana deteve 27 garimpeiros, nove dos quais zimbabweanos, em nova operação nas minas de exploração ilegal de ouro em Manica, no centro de Moçambique.
Belmiro Mutadiua, porta-voz do comando da Polícia de Manica, citado pela agência Lusa, os nove zimbabweanos foram repatriados. A mesma fonte referiu que as primeiras acções da Polícia Ambiental, instituída recentemente, têm conseguido abrandar a ação do garimpo de ouro em várias regiões onde abunda o minério. O objetivo das operações é também travar a luta da invasão de estrangeiros.
“Já estamos a fazer o nosso trabalho, inclusive já foi possível numa operação na semana passada deter garimpeiros nacionais e estrangeiros e apreender o minério e todos os instrumentos usados para o garimpo”, disse Belmiro Mutadiua.
Com esta operação, sobe para cerca de 130 garimpeiros zimbabweanos repatriados nos últimos três meses em Manica, além de 51 moçambicanos detidos por extracção ilegal de ouro e danos ao ambiente, indicam dados policiais.
Nos finais de Fevereiro, um grupo de garimpeiros moçambicanos e zimbabueanos uniu-se contra uma operação da Polícia Ambiental para desactivar as minas ilegais na zona de Mavonde, uma vasta área de actuação ilegal na região transfronteiriça fértil em recursos naturais. Os confrontos saldaram-se em três garimpeiros mortos, atingidos a tiro, além de dezenas de feridos e detenções.
Esta região é desde há alguns anos palco de conflitos entre garimpeiros moçambicanos e zimbabweanos e entre estes e as autoridades policiais, devido à exploração de ouro, muitas vezes ilegal.

