O segundo vice-presidente do Peru, Omar Chehade, renunciou ao cargo no meio dum escândalo de corrupção por um suposto caso de tráfico de influência, a poucas horas de uma votação importante no Congresso sobre o seu futuro político, afirmaram os parlamentares, esta Terça-feira.
Ele apresentou, na noite da Segunda-feira, a sua carta de renúncia ao presidente Ollanta Humala, que já havia pedido a Chehade há alguns meses que tomasse alguma medida para pôr fim ao escândalo que atingiu a sua imagem da luta contra a corrupção.
Chehade começou a ser investigado em Outubro pelo Ministério Público e pelo Congresso, depois das revelações de que reuniu-se com três generais para supostamente pedir uma intervenção policial a favor dum grupo empresarial local que mantém uma disputa pelo controle duma empresa do sector de açúcar.
A saída de Chehade, um dos dois vices do Peru, não afectará a estabilidade do governo e colocará fim a um dos primeiros escândalos enfrentados por Humala, que assumiu o cargo em Julho depois de prometer combater a corrupção.
O escândalo, inicialmente, afectou a popularidade de Humala, mas uma reforma ministerial promovida por ele em Dezembro para reprimir os protestos anti-mineração aumentou a sua taxa de aprovação em 7 pontos percentuais, para 54 por cento, de acordo com uma pesquisa publicada, Domingo.