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‘@Verdade Editorial: Um país dirigido por mentirosos

Há 43 anos, o povo moçambicano vive uma grotesca mentira habilmente promovida pelo Governo da Frelimo. Todos os dias, os moçambicanos são confrontados com demonstrações cabais da falta de traquejo e de entendimento por parte dos seus dirigentes. É, diga-se em abono da verdade, deprimente encontrar indivíduos a frente das instituições públicas e/o do Estado, que têm estado a lavrar relatórios falsos, prejudicando a população.

Um dos exemplos disso é a situação verificada no distrito de Chiuta, na província de Tete, onde o Governo local apresentou um relatório falso ao Presidente da República, entre os meses de Julho e Agosto do ano preste a findar, garantindo que a questão de insegurança alimentar era um caso ultrapassado naquele ponto país. Este facto veio à superfície durante o comício popular e na feira agrícola, no qual Filipe Nyusi foi confrontado com relatos de fome e, sacodindo a água do capote, o Chefe de Estado desabafou dizendo que foi enganado.

Esta é, sem dúvidas, mais uma prova de que o nosso país é governado por um bando de mafiosos preocupados com os seus problemas estomacais. É, no entanto, cariato que só agora o Presidente da República se tenha dado conta de que os seus títeres o enganaram. Aliás, a situação de Chiuta é sintomático do que tem estado a acontecer em todo o país.

Quase todos os dias, os moçambicanos enfrentam o drama de falta de alimentos, de unidades sanitárias, educação e de vias de acesso condignas. Mas, por alguma carga de água, são apresentados relatórios triunfalistas, cheios de frases feitas, falando das supostas realizações do Governo. Agora, que estamos prestes a entrar num ano eleitoral, as mentiras sobre realizações do Governo serão sofisticadas para aldrabar os moçambicanos de modo que acreditem em todo que reluz como sinal de desenvolvimento.

Como se não bastasse os relatórios falsos, também os moçambicanos assistem nas diversas instituições que compõem o sector público a um sistema letárgico institucionalizado tornando de certo modo as instituições num antro de inaptos mentais que se vangloriam da sua ignorância.

Portanto, diante dessa realidade lamentável, vale a pena os moçambicanos continuarem a lutar para que, um dia, tenhamos um país decente e com dirigentes patriotas e comprometidos com a causa do povo.

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