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‘@Verdade EDITORIAL: Revoltante!

Revoltante! A palavra não define estritamente as situações que se vivem nos últimos dias no nosso país, mas pode exprimir parte do sentimento dos moçambicanos diante da sucessão de acontecimentos vergonhosos promovidos pelo Governo que dirige inescrupulosamente o destino desta nação. Aliás, com o andar da carruagem, hoje parece que ninguém tem dúvidas que o Governo de Nyusi concorre ao título de “Pior Governo” da história de Moçambique, quiça de África, devido ao seu bom exemplo de incompetência, insanidade e falta de coerência em tão pouco tempo. Só há uma possibilidade para que isso não acontece: que Jesus Cristo volte à terra antes do final do mês em curso.

Numa cabal demonstração de incoerência do discurso do Presidente Nyusi, o ministro da Economia e Finanças, conhecido por Adriano qualquer coisa Maleiane, acabou de provar a insanidade, mesclada com a incompetência e a falta de seriedade do Governo de turno, ao autorizar a adjudicação de quase uma centena de viaturas luxuosas, provocando um rombo de 250 milhões de meticais. Num país onde, milhares de pessoas morrem de doenças curáveis nas filas do hospital, outros não sabem o que vão comer no dia seguinte e milhares de crianças que estudam debaixo de uma árvore sentadas no chão, a aquisição desses carros é um estupro (leia-se insulto) à dignidade dos moçambicanos.

Numa altura em que se esperava do Governo, uma proposta de corte de despesas e medidas para travar a inflação, os símios – perdão, os dirigentes deste país – fazem o contrário: eles preocupam-se em ir ao alfaite para aumentar o tamanho das calças e casacos, devido ao crescimento descomunal das suas barrigas às custas dos nossos impostos.

Quando ainda digeríamos o saque aos cofres públicos, eis que o Governo, através dos seus cães de guarda armados até aos dentes, veio exibir a sua ignorância congénita, revelando que não está preocupado com a paz dos moçambicanos. O baleamento do Secretário-Geral da Renamo, Manuel Bissopo, é prova disso. Não se trata de uma acção isolada. É evidente que é obra de pessoas no poder que pretendem postergar o desenvolvimento desta jovem nação.

Na verdade, os dirigentes que hoje temos são um verdadeiro perigo público, ou seja, são vampiros políticos que medram à custa do sofrimento e do generalizado subdesenvolvimento dos moçambicanos. Afogados em massificados almoços e jantares, regados com vinho e whisky, apertados em ternos italianos e acomodados em viaturas protocolares de luxo pagos com sangue, suor e lágrimas do povo, contribuem, no Governo, para levar o país ao abismo.

Como um povo, não podemos deixar que o futuro do país continue a ser hipotecado. É, portanto, chegada a hora dos moçambicanos saírem à rua para mostrar a sua indignação e revolta contra esse regabofe antes que seja tarde. Destronemos o bando de necrófago que assaltou o poder nas últimas eleições!

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