Esta Terça-feira, por volta das 13horas, algumas partes da cidade de Quelimane, concretamente na zona do aeroporto, o chamado Pequeno Brasil, foram sacudidas por ventos fortes que deixaram casas sem tecto, bancas desabadas, mercadoria perdida e igrejas destruídas.
Segundo o Diário da Zambézia, testemunhou-se, no local, danos materiais avultados. Logo na entrada da rua que leva ao mercado da FAE, os danos são visíveis. Infra-estruturas sem tecto, a destacar restaurante, residências, e não só, uma igreja desabada por completo.
Já indo no interior, escalou-se a escola Artes e Ofícios pertencente aos padres, onde as salas ficaram sem tectos. As chapas de zinco voaram para longe e alguns barrotes caíram do tecto.
O pior de tudo é que quando o vendaval sacudiu uma parte daquela zona, os alunos da Universidade Mussa Bin Bique estavam a assistir às aulas nas salas da escola Artes e Ofícios.
Houve pânico e soube-se que uma estudante teve ferimentos ligeiros e foi rapidamente levada ao hospital.
A directora da escola fala dos custos
Entrevistada pela reportagem do DZ, a directora daquela escola, Vitoriana Rabucane, disse que para restituir o tecto que saiu daquelas salas seriam necessários mais de 800 mil meticais, olhando pelos actuais custos de material de construção.
De acordo com Rabucane, os alunos vão ficar sem aulas, porque não será para breve a reposição dos danos, dai que a fonte vê o comprometimento do ano lectivo.
No mercado da FAE
Aqui também houve danos avultados e, até agora, ninguém consegue contabilizar os prejuízos. Quando escalou-se aquele local, os estragos deste rápido vendaval eram ainda frescos.
podia-se ver vendedores a procurarem os seus artigos que voaram para longe. Uns a tentarem retirar os artigos das chapas de zinco que caíram por cima.
Outros diziam que os prejuízos eram enormes, mas ninguém dava valores concretos. Mesmo sem saberem o que se perdeu em termos de valores monetários, os vendedores da FAE dizem que o vendaval tinha sido muito rápido e as consequências eram aquelas.
Edil de Quelimane visita os locais afectados
Fontes próximas dos vendedores da FAE afiançaram-nos que o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, esteve nos locais onde o vendaval afectou, tendo conversado com os vendedores da FAE e com outros munícipes que viram os seus bens irem-se embora com aquela rápida ventania.
Soube-se também que o presidente da Assembleia Municipal de Quelimane, Afonso João, esteve no local, depois de receber uma chamada do DZ a informar sobre a situação no terreno.
INAM diz que foi um simples vendaval
Em contacto telefónico com o delegado do Instituto Nacional de Meteorologia, delegação de Quelimane, o DZ ficou a saber que o vendaval foi localizado e não estava previsto.
De acordo com Alberto Colarinho, nestas situações não se prevê nada, dai que o que aconteceu são daqueles casos que o INAM não prevê e acontecem.
Recorde-se que a cidade de Quelimane foi atingida, nos finais de Janeiro, pelo ciclone “funso”, que deixou pessoas sem tecto.