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Vandalização de infra-estruturas ferroviárias: SARA defende agravamento das penalizações

O director Executivo da Associação Ferroviária da Africa Austral (SARA), Stephenson Ngubane, defende o agravamento das penalizações contra os indivíduos que forem encontrados a vandalizar as infra-estruturas ferroviárias nos países da região a semelhança do que acontece no Zimbabwe.

Falando, Sexta-feira última (!4), em Maputo, no acto de lançamento da exposição e conferência ferroviária desta organização regional, Ngubane, disse que a reparação das infra-estruturas ferroviárias vandalizadas acarreta elevados custos, por isso temos que aproveitar a experiência de outros países para a eliminação deste mal.

“No Zimbabwe, por exemplo, a vandalização de infra-estruturas ferroviárias é considerada um atentado contra a segurança do Estado e como tal punida com penas severas”, disse Ngubane, destacando as dificuldades em proteger uma linha férrea, devido a sua extensão, não sendo prático colocar pessoas a guarnece-la.

Ngubane disse ser importante aproveitar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) para reduzir a vandalização, partilhar as experiências de outros países enquanto se aconselha os governos a tomarem medidas severas contra os infractores.

“Só com infra-estruturas salvaguardadas é que conseguiremos tornar os produtos transportados mais baratos e competitivos para resolvermos o problema do comércio dos países sem acesso ao mar.

A outra componente a ter em conta é a do financiamento dos projectos, uma vez que o desenvolvimento dos projectos da área dos caminhos-de-ferro é prioritária para os países da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC).

“Sendo assim, a SARA é chamada a exercer uma pressão junto dos governos para financiarem a aquisição de equipamento, daí a decisão de se criar um Fundo de Investimento para projectos de infraestruturas. Trata-se de um fundo genérico a ser gerido de acordo com as leis de cada país”, explicou Ngubane.

O crescimento económico da África Austral, segundo a fonte, só será possível através da redução dos custos e esse objectivo passa pela integração do sistema ferroviário da região.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Rosário Mualeia, apontou que os países integrantes da SARA, entendem que as economias da SADC estão a crescer e a caminhar rapidamente para a integração.

“Temos que garantir a redução dos custos através da partilha de infra-estruturas”, vincou Mualeia. Na prossecução deste objectivo, segundo Mualeia, os países da região estão a assinar acordos operacionais com Moçambique e os portos estão expandir a sua capacidade de manuseamento de carga para responder a demanda.

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