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Urge tornar os serviços climáticos acessíveis a todos

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, chegou na manhã de quarta-feira, a Genebra para participar na III Conferência Mundial sobre o Clima, que reúne nesta cidade suíça líderes políticos de mais de 150 países.

Depois da reunião de peritos, que terminou quarta-feira, em que foi vincada a necessidade urgente de se tornar os serviços climáticos acessíveis a todos povos do mundo, a conferência prossegue quinta e sexta-feira ao mais alto nível co-Presidido pelo Chefe do Estado moçambicano e pelo Conselheiro Federal da Confederação suíça, Moritz Leuenberg. Nessa qualidade, Guebuza vai dirigir o debate de Alto Nível, que contará com a participação dos Chefes de Estado e de Governo ou seus representantes das Seychelles, Togo, Camarões, Etiópia, Tajiquistão, Mónaco, Eslovénia, Tanzânia, China, Bangladesh, Namíbia, Gambia, São Tome e Príncipe, entre outros países.

A conferência, que também contará com a presença do Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, deverá criar uma rede global de troca de informação sobre o clima a escala mundial que ajude os governos a adoptar medidas que levem os países a adaptar-se as alterações climáticas e reduzir o seu impacto sobre a humanidade. Na reunião de peritos, que vinha decorrendo desde Segunda-feira e marcou o início desta conferência, especialistas alertaram que o desenvolvimento e a própria segurança das Nações estará permanentemente comprometido se a sua estratégia não incorporar a componente dos riscos que as mudanças climáticas representam.

Os especialistas consideram que o fracasso em agir rapidamente para combater a mudança drástica dos padrões climáticos globais poderá criar outras crises em cadeia na sequência da intensificação das secas, cheias, ciclones tropicais, entre outros desastres naturais aos quais todos os países, ricos e pobres, são vulneráveis Neste fórum, a visibilidade de Moçambique sai mais reforçada no plano internacional, pois além de co-presidir, vai ainda apresentar as decisões saídas desta III Conferência Mundial sobre o Clima na Reunião Mundial sobre Mudanças Climáticas, a ter lugar em Copenhaga, Dinamarca, em Dezembro.

Um dos principais ganhos da participação de Moçambique nesta conferência é o acesso do país, em tempo real, a informação primária hidrometeorológica e climatológica de longo termo, usando o sistema das Nações Unidas, um elemento imprescindível de planificação, já que hoje em dia, por exemplo, qualquer infraestrutura de desenvolvimento deve ser construída com tecnologia sólida e segura para resistir as alterações climáticas.

Neste âmbito, Moçambique tem como desafio imediato capacitar os serviços meteorológicos nacionais de modo a poderem aceder a informação de previsão e observação meteorológica de longo prazo, usando a rede global de serviços sobre clima que a Conferência de Genebra visa estabelecer com vista reduzir os riscos económicos e humanos ligados as mudanças climáticas.

Segundo revelou o Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, que acompanha o Chefe do Estado na Conferência de Genebra, Moçambique está a trabalhar com parceiros na formação de quadros moçambicanos em matérias de desenvolvimento tecnológico, como é o caso da Alemanha que apoia na profissionalização em pacotes sofisticados de software para gestão e utilização de informação meteorológica, e da Comunidade Europeia que apoia na modernização de equipamentos do Instituto Nacional de Meteorologia (INAME).

A margem da III Conferência Mundial sobre o Clima, que termina na sexta-feira, o estadista moçambicano, Armando Guebuza, manterá encontros com a Ministra do Ambiente do Reino da Suécia, Asa-Britt Karlsson, com quem vai abordar questões relativas a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas a realizar-se na Dinamarca, com o vice-Presidente da Colômbia, Francisco Santos, com a Administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helena Clark, entre outros.

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