O Grupo IPS, do qual faz parte a Universidade Politécnica, celebrou, terça-feira, 13 de Junho, em Maputo, um memorando de entendimento com a Fundação Dom Cabral (FDC), do Brasil, que visa cooperar no domínio da capacitação de executivos, empresários, gestores públicos, docentes e estudantes moçambicanos.
A FDC é uma escola de negócios brasileira fundada a 9 de Agosto de 1976, com um padrão e actuação internacionais de desenvolvimento e capacitação de executivos. Foi eleita, pela 17ª vez consecutiva, a melhor escola de negócios da América Latina.
A propósito da formalização da cooperação, entre ambas as instituições, o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, explicou que a FDC constitui uma das dez melhores escolas em gestão no mundo e manifestou o interesse em estender a sua capacidade para Moçambique, tendo, para o efeito, escolhido a primeira e maior universidade privada moçambicana para a implementação desse propósito.
“O memorando de entendimento que assinamos hoje é no sentido de podermos começar a verificar como é que a experiência que a FDC pode ser utilizada no processo de formação em Moçambique e, daí, paulatinamente, criarmos igual capacidade no País ”, enfatizou o reitor.
A intenção, conforme avançou, é colaborar com a instituição brasileira de modo a organizar conjuntamente os cursos, a começar por inscrever os executivos e estudantes moçambicanos nos cursos que a FDC oferece: “O memorando constitui o quadro que vai nortear a cooperação entre ambas as instituições”, frisou.
Para Narciso Matos, o acordo insere-se nos esforços da Universidade Politécnica, visando estabelecer pontes com o sector produtivo em Moçambique e proporciona à universidade a oportunidade de estender a sua actuação além das formações que desenvolve no País. Por sua vez, o embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra, considerou que a Universidade Politécnica é uma grande referência para altos estudos e negócios e desenvolvimento tecnológico e inovação de modo que se configura um parceiro ideal para este empreendimento junto à fundação brasileira.
“A FDC não é apenas uma grande escola de negócios e de administração pública, o que já seria um feito extraordinário, uma extraordinária contribuição para as relações bilaterais entre Moçambique e Brasil, nas relações económicas de modo geral, relações académicas e de desenvolvimento: Mas a FDC tem soluções de políticas públicas. Ela transforma dificuldades e desafios em oportunidades”, indicou o diplomata, acrescentando que “nesta fertilização cruzada com Moçambique nós ampliaremos muito a nossa capacidade de procurar soluções e de buscar formas de inspiração para as nossas respectivas estratégias de desenvolvimento nos nossos países”.
A celebração do referido acordo foi antecedida por uma mesa redonda subordinada ao tema “Educação como Base do Desenvolvimento Económico e Empresarial – O Papel das Instituições de Formação”, cujo objectivo era debater a situação actual da formação para o mercado do trabalho e a sustentabilidade da mesma face aos desafios do momento.