Milhares de moçambicanos deverão beneficiar de um projecto de combate à fome e desnutrição crónica que consiste na disponibilidade de alimentos, acesso aos mesmos e qualidade nutricional com vista a acelerar o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Para o efeito, a União Europeia vai desembolsar perto de 77.395.000 euros. O programa que orienta as actividades de foi lançado em Julho passado e será executada pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Programa Mundial para a Alimentação (PMA), em representação do Governo de Moçambique. O Secretariado Técnico de Segurança Alimentar (SETSAN), no Ministério da Agricultura, terá a tarefa de coordenar o programa em alusão e produzir relatórios sobre o desempenho das instituições executoras.
Foram identificados 200 mil habitantes de 46 distritos das regiões Centro e Norte do país, entre agricultores e os pescadores de pequena escala, que deverão beneficiar de sementes, fertilizantes, redes de pesca dentre outros instrumentos que lhes ajudem a desenvolver as suas actividades.
Segundo o Oldemiro Baloi, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, serão implementadas outras medidas que visam reduzir as perdas pós-colheita, promover a produção de hortas familiares pelas mulheres nas aldeias e reduzir a alarmante taxa de mortalidade das galinhas, vacinando-as contra a doença Newcastle.
O projecto prevê ainda a melhoria da ligação entre os mercados através do investimento em infra-estruturas de pequena escala, tais como armazéns, estradas rurais, sistemas de informação, electrificação de mercados, bem como apoio às organizações de agricultores.
