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Uma Rádio que Marrabenta!

Faltam cada vez menos dias para o início do V Festival Marrabenta. O evento que criou nostálgicos em Chibuto e Chókwè irá “sacrificá-los” não apenas para criar outros noutras parcelas do país (Inhambane e Beira), mas acima de tudo para consolidar a sua ritualização. No entanto, as novidades não se esgotam por aí. O álbum duplo “Rádio Marrabenta Vol. 1” – a ser lançado no arranque do evento – não se difere de “uma gota de água no oceano”.

São cerca de 30 artistas, muitos dos quais, altamente consagrados na cena da música e da cultura moçambicana. Ao disponibilizarem as suas composições musicais – algumas das quais com longos anos no baú e por isso inéditos – lançaram a sua contribuição enrobusteceram com a sua arte o sentido de ser moçambicano.

Diz que o referido trabalho discográfico mescla – através da tradição oral – “denúncia dos desvios da sociedade, a família, o passado – entanto que história, estórias e nostalgia – a celebração da vida em todos os sentidos e meios; o amor, a mulher e a luta pelo progresso”. De tal sorte, que se espera que o mesmo contribua “para a reconstrução da nossa sociedade” através da discussão dos mesmos temas.

É neste contexto que “a gravação do álbum “Rádio Marrabenta Vol. 1” (em formato duplo) não apenas afigura-se como sendo um resgate da nossa tradição, da nossa maneira de contar as nossas histórias – os êxitos e fracassos – de reviver aquilo algum dia fomos mas que hoje devemos procurar continuamente ser; enfim, da nossa cultura genuína mas, acima de tudo, de fazer com essas obras de arte, verdadeiras relíquias, perdurem no tempo”.

No seu documento, em nosso poder, o Laboratório de Ideias, a instituição que organiza o Festival Marrabenta faz uma analepse – recuo no tempo – para em relação a este album puxar a “sardinha para sua brasa”. Senão leiamos:

“Desde a fundação do Festival Marrabenta, em 2008, centenas de artistas entre os quais célebres interpretes, instrumentistas e bailarinos bailarinos tomaram parte do evento. Embora muitos destes artistas sejam experimentados no género de música que exploram, o que lhes confere o estatuto de exímios executores, a experiência do Festival Marrabenta mostra que caso esta iniciativa ousada não existisse a sua música jamais teria sido gravada”, dizem.

Mais adiante revelam as consequências do cenário: “… parte importante da nossa cultura – da história da Marrabenta em particular – teria encontrado a morte como aconteceu com alguns dos artistas”. Recorde-se que o disco “Rádio Marrabenta Vol. 1” será lançado no dia 26, quinta feira num concerto que terá lugar no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo.

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