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Uma das sequestradas numa escola na Nigéria é libertada pelo Boko Haram, segundo a polícia

Umas das mais de 200 estudantes sequestradas por militantes do grupo islâmico Boko Haram na aldeia nigeriana de Chibok, no nordeste da Nigéria, foi libertada, esta semana, disseram, esta quinta-feira (25), a polícia e os pais de algumas das outras meninas desaparecidas.

Os militantes do Boko Haram levaram as meninas de uma escola secundária numa vila perto da fronteira com Camarões, em Abril, o que provocou um clamor em todo o mundo. Elas continuam a ser mantidas em cativeiro. O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, foi ridicularizado no país e no exterior por sua lenta resposta ao sequestro e pela incapacidade de conter a violência dos militantes islâmicos.

“Ela foi encontrada a correr numa aldeia. Estava no mato havia cerca de quatro dias. Ela ainda está a receber cuidados médicos”, disse um pai, que tem duas filhas sequestradas pelos insurgentes e não quis ser identificado. Ele acrescentou que ela estava agora na cidade de Yola, também no nordeste do país.

O porta-voz da Polícia, Emmanuel Ojukwu, disse a jornalistas em Abuja que a mulher de 20 anos foi descoberta na quarta-feira, dizendo que tinha sido “deixada por supostos militantes do Boko Haram” em Mubi, no Estado de Adamawa, a cerca de 100 quilómetros de Chibok.

“A sua condição é estável”, disse ele, sem explicar por que ela pode ter sido libertada. Os rebeldes islamitas propuseram em Maio uma troca de prisioneiros para libertar as meninas, mas a oferta foi rejeitada pelo governo. A operação militar no nordeste da Nigéria até agora não conseguiu conter a rebelião e provocou ataques de represália que estão cada vez mais direccionados a civis, depois de eles terem formado grupos de vigilância para tentar ajudar o governo a expulsar os militantes.

O Boko Haram tomou várias cidades nos últimos dois meses, embora os militares tenham dito na quarta-feira que os tinham feito recuar e que 135 rebeldes se renderam esta semana.

Os pistoleiros do Boko Haram levaram cerca de 270 meninas e mulheres, com idades entre 13 e mais de 20 anos, quando invadiram a escola de Chibok. Mais de 50 conseguiram escapar, mas pelo menos 200 permanecem em cativeiro, assim como dezenas de raparigas sequestradas anteriormente.

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