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Um ano depois da tragédia do voo TM 470 Moçambique continua sem saber o que realmente aconteceu

Um ano depois da tragédia do voo TM 470 Moçambique continua sem saber o que realmente aconteceu

Um ano depois da queda do Embraer 190 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) na Namíbia os moçambicanos continuam sem saber o que realmente originou o despenhamento do voo TM 470 e causou a morte dos seus 33 ocupantes a 29 de Novembro de 2013.

“Ainda não fomos notificados pela Namíbia, o Estado que lidera as investigações, dos resultados do inquérito, talvez isso aconteça nos próximos dias, porque há prazos recomendados para esse tipo de investigações”, disse à agência Lusa, o Presidente do Conselho de Administração(PCA) do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João Abreu, nas vésperas do primeiro aniversário do fatídico desastre.

Citando as normas da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), João Abreu afirmou que os investigadores devem entregar o relatório final sobre as causas do acidente no prazo de um ano após o sinistro ou um relatório intercalar, no mesmo período, caso existam razões que impeçam a conclusão do inquérito.

Recorde-se que as autoridades da Aviação Civil moçambicanas cedo afastaram a hipótese de uma deficiência mecânica ter sido a causa da tragédia e avançaram com uma tese de suicídio protagonizado pelo Comandante da aeronave, Hermínio dos Santos Fernandes.

O PCA do IACM afirmou, em 20 de Dezembro de 2013, que o Comandante do voo TM 470, que fazia a ligação Maputo – Luanda, encontrava-se sozinho no cockpit do avião e efectuou uma série de manobras que só podiam ter sido executadas por pessoa capaz e conhecedora dos sistemas de voo da aeronave conforme os dados gravados na caixa negra e concluiu ter havido “clara intenção” do Comandante em dirigir o Embraer 190 em direcção ao solo.

Entretanto esta tese foi posta em causa pela Associação Moçambicana de Operadores Aéreos (AMOPAR) que explicou que as  as últimas manobras que o Comandante Hermínio Fernandes efectuou estão previstas no Manual dos Procedimentos Operacionais Standard das aeronaves Embraer (fabricante da aeronave sinistrada)  sobre como “agir em situação de emergência para evitar o desastre”.

Segundo o documento da AMOPAR, citado pelo semanário SAVANA, o Governo moçambicano não respeitou as normas e recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) “sobre a divulgação, conteúdo e procedimentos relativos ao Relatório Preliminar da Investigação” da queda do voo TM 470.

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