Técnicos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), juntamente com quadros do Ministério da Indústria e Comércio (MIC) escalam, esta semana, padarias direccionadas para mostrar, na presença dos panificadores, qual deve ser o verdadeiro peso do pão.
A medida foi anunciada pelo titular da pasta da indústria e comércio, António Fernando, na conferência de imprensa onde a Matola Gas Company (MGC) e o STEMA anunciaram a sua adesão aos esforços do governo na busca de soluções para mitigar a carestia de vida, em consequência da conjura internacional.
“Sabem todos que as padarias estão a calcular o peso com base na massa, enquanto nós dizemos que o peso é do produto. Reunimos com as padarias e explicamos isso aos panificadores e concordamos que eles deviam, rapidamente, nos dar a solução”, explicou Fernando.
Segundo o ministro, a iniciativa visa essencialmente sanar os desentendimentos que marcam o recente encontro entre o ministério e os panificadores das cidade de Maputo e Matola, porém não produziu consenso em relação ao modelo a seguir na panificação, sobretudo no que respeita ao peso.
No encontro, que além do peso do pão figurava na agenda a identificação de meios alternativos, os panificadores defenderam que os instrumentos evocados pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) são desconhecidos pelos operadores do ramo, na sua maioria.
Aliás, no encontro os panificadores afirmaram que usam um dispositivo aprovado pela Associação Moçambicana dos Panificadores (AMOPAO) através do qual a pesagem da massa do pão é válida antes de meter a matéria-prima no forno.
As visitas desta semana poderão criar um denominador comum em relação ao peso do pão, porque na tarde de sexta-feira a Matola Gás Company anunciou a concessão, às panificadoras e moageiras, do gás natural para a substituição do LPG e da lenha como fontes de combustível para a queima do pão.