O Exército turco afirmou, esta quarta-feira (16), que fez disparos contra militantes ligados à Al Qaeda no norte da Síria, depois de um morteiro desgovernado ter atingido o território turco, ilustrando a crescente ameaça constituída por grupos radicais ao sul da sua fronteira.
Os combatentes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), grupo ligado à Al Qaeda, capturaram nas últimas semanas parte do território sírio perto da fronteira com a Turquia, deixando a já frágil área fronteiriça ainda mais vulnerável.
O chefe do Estado-Maior turco disse que o Exército disparou quatro projécteis de artilharia, terça-feira, contra posições do EIIL na região de Azaz, área estratégica a cerca de cinco quilómetros da fronteira.
A Turquia repetidamente realiza esse tipo de retaliação quando os disparos da guerra civil síria atingem o seu território, mas aparentemente é a primeira vez que o alvo foram os militantes do EIIL.
Ancara apoia os rebeldes que combatem o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, mas o governo turco é acusado por seus aliados ocidentais de ter permitido a infiltração de armas e combatentes para o norte da Síria, facilitando a ascensão dos grupos radicais. A Turquia rejeita essa acusação.