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Tsvangirai comprometido com o acordo político global

O Primeiro- Ministro do governo inclusivo no Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, continua cometido com este governo, querendo apenas ver as questões pendentes do respectivo Acordo Politico Global (GPA) a serem tratadas conforme o estipulado. Com efeito, Tsvangirai deslocou-se terça-feira a Moçambique para se encontrar com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, na sua qualidade de Presidente da “Troika” da Defesa e Segurança da SADC, com quem analisou a situação prevalecente no Zimbabwe. “Reuni-me com o Presidente Guebuza para analisarmos a crise que esta a assolar o governo inclusivo zimbabweano.

Guebuza prometeu me que uma missão da troika deslocar-se-á ao Zimbabwe para fazer revisão do GPA’, disse Tsvangirai, falando quarta-feira a jornalistas, na cidade de Chimoio, Centro do pais, momentos depois do encontro de menos de uma hora. De acordo com Tsvangirai, Guebuza prometeu ainda que vai dialogar com o Presidente Robert Mugabe sobre esta problemática.

Contudo, o Primeiro- Ministro zimbabweano disse não ter prometido nada ao Presidente Guebuza mas, frisou, “destaquei a necessidade de se credibilizar o Governo inclusivo não apenas no mundo exterior mas para o próprio povo zimbabweano”. Por seu turno, o Secretario Executivo da SADC, o moçambicano Tomas Salomão, disse que as questões pendentes que enfermam o governo inclusivo tem a ver com a nomeação do Governador do Banco Central, do Procurador-geral da Republica (PGR), e governadores provinciais. É para resolver estes problemas que, segundo Salomão, Tsvangirai deslocou-se a Moçambique para transmitir a sua posição a Guebuza.

“Obviamente que a sós trataram de outras questões de detalhe”, indicou Tomaz Salomão. Depois do encontro com Guebuza, Tsvangirai devera ainda se reunir com o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, e da RDCongo, Joseph Kabila, este ultimo na sua qualidade de Presidente da SADC. Por fim, Tsvangirai reunir-se-á com Mugabe e com o professor Mutambara, todos eles actores principais do GPA zimbabweano. Sem se referir a tensão que se desencadeou pela nova detenção de Roy Bennett, um dos principais colaboradores de Tsvangirai, Salomão disse que “houve novos desenvolvimentos que fizeram com que Tsvangirai intercedesse junto do Presidente do órgão”.

Segundo algumas correntes de opinião, a detenção de Bennett constitui a maior ameaça contra o governo inclusivo formado há cerca de oito meses. Salomão mostrou-se optimista quanto ao futuro político no Zimbabwe, afirmando que quer Guebuza, quer Tsvangirai, acordaram que a missão da troika devia prosseguir.

Esta quarta-feira, Tomaz Salomão vai dialogar com o facilitador da crise zimbabweana, Thabu Mbeki, para colher subsídios que possam permitir que a missão da troika, ao se deslocar a Harare, próxima semana, esteja convenientemente preparada e munida de elementos para elaborar um relatório detalhado e profundo a ser submetido a cimeira da SADC.

Segundo Salomão, Tsvangirai reconhece que cabe aos próprios zimbabweanos resolverem os seus problemas e não se criar uma percepção de um país em permanente crise. “Vamos esperar e apoiar que Tsvangirai faca o ‘briefing’ ao presidente cessante da SADC e ao actual presidente da SADC e que os três signatários do acordo politico global também se encontrem para decidir sobre o que é bom para o Zimbabwe”, frisou Salomão.

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