Três cidadãos alegadamente homossexuais podem ser condenados a uma pena de prisão de 10 anos cada, se forem declarados culpados de ter violado a nova lei nigeriana contra a homossexualidade.
Alegadamente surpreendidos em flagrante delito num automóvel, no dia do São Valentim, Oluwasegun Adesina-Rashedd de 64 anos de idade, Samad Ojo de 20 anos e Ope Abed de 18 anos comparecerão a 24 de fevereiro corrente no Tribunal de Abeokuta (sudoeste) que ordenou a sua manutenção em detenção preventiva.
Mas os acusados clamam a sua inocência relativamente às acusações de conspiração e de homossexualidade que lhes foram atribuídas.
No quadro da controversa lei nigeriana sobre a homossexualidade, que entrou em vigor em fevereiro corrente, pessoas do mesmo sexo que se casarem podem ser condenadas a 14 anos de prisão contra 10 anos aplicáveis a qualquer pessoa que manifestar em público, direta ou indiretamente, a sua paixão pela homossexualidade. Esta lei foi largamente criticada por organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e por países ocidentais, mas a Nigéria continua insensível a estas críticas.